Pague Menos (PGMN3) tem potencial de alta de 34,7%, diz BB BI
O BB Investimentos iniciou nesta quinta-feira (11) a cobertura para a Pague Menos (PGMN3), terceira maior rede de farmácias do Brasil. Na primeira análise, o banco recomendou a compra das ações ordinárias da companhia e estipulou um preço-alvo de R$ 13,50, com um prêmio de R$ 34,7% sobre o preço de fechamento de ontem, de R$ 10,02.
A rede estreou na B3 (B3SA3) em setembro do ano passado e, desde então, caiu cerca de 3%. Para o BB Investimentos, o preço da Pague Menos está descontado ao assumir um valuation calculado utilizando um custo ponderado de capital, que calcula o retorno de novos investimento, de 11,1%, e um crescimento de 5,5% ao ano.
O BB Investimentos vê a receita bruta consolidada avançando, sendo impulsionada, principalmente, pelo incremento de vendas e da rentabilidade, com iniciativas da Pague Menos começando a maturar. A Clinic Farma, serviço de atendimento de saúde da companhia, por exemplo, chama a atenção dos analistas Richardi Ferreira e Georgia Jorge.
O Clinic Farma é a iniciativa da Pague Menos de um hub de saúde on-line. A plataforma conta com telemedicina, atendimento online feito por farmacêuticos e um espaço de marketplace e, para o BB BI, deve começar a mostrar resultados em breve.
Retomada econômica deve impulsionar negócio da Pague Menos
No mundo físico, o BB BI vê uma retomada da expansão orgânica, com a Pague Menos voltando a abrir novas lojas e também reformando alguns pontos antigos. A retomada econômica, com uma demanda por medicamentos e por produtos de higiene represada nas classes mais baixas, e o envelhecimento populacional devem impulsionar os resultados da rede farmacêutica.
Nos últimos seis anos, houve um crescimento médio, apesar das crises, de 10,7% a0 ano no setor, segundo dados do IBGE. Isso mostra uma tendência consolidada para os analistas. O BB Investimentos leva em consideração que a taxa de crescimento anual composta (CAGR) deve ficar próximo a 8% até 2023.
A forte presença da Pague Menos nas regiões Norte e Nordeste também é um fator positivo. No varejo farmacêutico, há uma tendência natural de consolidação em regiões, com redes de distribuição desenvolvidas. Porém, isso também pode ser visto como um risco: as condições econômicas das regiões acabam por ter forte influência na atividade da empresa.
Pelo fato da empresa estar em áreas historicamente mais dependentes de auxílios governamentais, é necessário manter a atenção para dados econômicos.
Ainda nos riscos, os analistas veem os fins dos benefícios fiscais, presente, atualmente, nos estados do Ceará, Goiás, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, que implicam na redução do ICMS, também como um possível risco ao desempenho da Pague Menos.