A PagSeguro negou nesta quinta-feira (8) ter interesse em comprar o Banco BV, antigo Banco Votorantim, por cerca de R$ 16 bilhões. As informações são da UOL.
“Embora o PagSeguro/PagBank esteja sempre em busca de oportunidades de investimentos no mercado, a companhia não pretende adquirir o Banco BV e não há acordos assinados neste sentido”, afirmou a fintech de meio de pagamentos.
De acordo com o site Brazilian Journal, a transação deveria acarretar em uma nova oferta de ações da PagSeguro. Hoje, a empresa tem um valor de mercado de aproximadamente US$ 16 bilhões na Nasdaq.
O empresário Luiz Frias controla a fintech por meio de sua participação no UOL, que faz parte do Grupo Folha. Desta forma, o site havia informado que o acordo estava sendo costurado por Frias, e que deveria ser fechado com o pagamento ao BB em dinheiro e em ações à família controladora.
A operação da PagSeguro é considerada de baixo risco e de rentabilidade que chama atenção. Trata-se de um negócio de serviços que se limita a uma pequena fração de crédito.
O BV, por outro lado, tem um forte apelo ao negócio de crédito. O banco controla uma das maiores carteiras de financiamento de carros no Brasil.
A princípio, a digestão das informações foi negativa por parte dos investidores. Por volta das 13h desta quinta-feira, as ações da PagSeguro caíam 14,4%, negociadas a US$ 47,97.
Essa seria a principal tacada da PagSeguro para sair do âmbito de fintech, que atua apenas como instituição de pagamentos, e entrar do setor bancário amplamente regulado no Brasil.
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O BV possui um patrimônio líquido de R$ 11 bilhões e cerca de R$ 20 bilhões em linhas interbancárias, as quais são concedidas e renovadas com base na percepção de crédito da empresa do acionista controlador.
O banco pertence ao Banco do Brasil (BBAS3) e à família Ermínio de Moraes. De acordo com o Brazil Journal, o negócio com a PagSeguro estaria em fases finais de negociações.