O BTG Pactual (BPAC11) aumentou o preço-alvo do PagSeguro (NYSE:PAGS) de US$ 45 por ação para US$ 55 por ação e reiterou a compra em um novo relatório sobre a companhia. Segundo a publicação, um encontro entre os analistas do banco com Luiz Frias, principal acionista da empresa, deixou claro que há “espaço para mais”.
No encontro, a PagSeguro mostrou que está aumentando sua participação de mercado. Segundo os analistas, os resultados financeiros melhoraram em ritmo mais rápido na comparação com concorrentes do setor.
O número de aquisições cresceu durante a crise, e deve continuar crescendo, principalmente nos negócios de pagamentos online e serviços bancários. Luiz Frias é mais cético sobre as soluções de ERP e softwares para alavancar aquisições, de acordo com o BTG.
PagSeguro detalhou compra da MOIP/Wirecard
Recentemente, o PagSeguro adquiriu a MOIP/Wirecard no Brasil, em uma estratégia para servir melhor grandes varejistas online. A MOIP apresentou um volume de transações de R$ 5 bilhões e uma receita de R$ 120 milhões.
“Em pagamentos online, o PAGS não está competindo pelas grandes lojas físicas varejistas, onde a concorrência vem pressionando as taxas, mas sim servindo players de nicho que têm uma operação online maior e exigem uma abordagem mais personalizada solução” afirmou Luiz Frias aos analistas.
O PagBank atingiu 7,1 milhões de clientes desde sua criação em maio de 2019.
A PagSeguro é hoje a maior companhia de cartões pré-pagos no Brasil e vem caminhando para ter destaque também no setor de crédito e débito.
Frias afirma que o Brasil é o principal mercado da América Latina e que, por enquanto, não há intenção de expandir serviços: muitos bancos brasileiros que tentaram, falharam.
O banco BTG vê a companhia melhorando suas habilidades de comunicação com o mercado, com a bancada superior da gerência, inclusive, se aproximando dos investidores. Além disso, há muito mais divulgação sobre os números do PagBank.
Empresa tem a segunda melhor perfomance na cobertura do banco
As ações da PagSeguro acumulam uma alta de 29% ao ano e de 91% desde a revisão do BTG de maio, o que a faz ser a segunda melhor performance entre as companhias cobertas pelo banco neste ano. Ainda assim, ainda há desconto entre as ações da companhia em comparação com as da Stone e da Square.
Os analistas do BTG Pactual veem as estimativas para a receita crescendo 2%, 8% e 10% entre 2020 e 2022, análise oriunda, principalmente, do aumento da oferta de crédito na participação no lucro a no médio e longo prazo. As receitas non-GAAP, entretanto, devem crescer 2% em 2020, recuar 4% em 2021 e ficarem estáveis em 2022.
Apesar do rali desde o último update, o BTG Pactual reitera a recomendação de compra para o PagSeguro, em vez de chamar os investidores para embolsarem os lucros. O encontro com Luiz Frias e outros membros da gerência fazem acreditar que há espaço para crescimento.