O ouro terminou a sessão dessa quinta-feira (16) com uma forte desvalorização, após a valorização do dólar frente ao avanço das vendas no varejo dos Estados Unidos em agosto.
A força da moeda americana deixa o ouro mais caro e menos atrativo para quem negocia com outras divisas, o que, por sua vez, reduz a demanda pela commodity.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro encerrou o dia com baixa de 2,12%, a US$ 1.756,7 a onça-troy.
No horário de fechamento do metal, o índice DXY, que mede a variação do dólar contra seis pares, subia 0,42%, a 92,941 pontos.
A baixa procura por ouro hoje ocorreu mesmo com um recuo nos mercados acionários asiáticos e americanos. No geral, há temores sobre o crescimento econômico global, o que foi reforçado nos últimos dias por dados fracos de atividade na China e a possibilidade de default da incorporadora chinesa Evergrande.
No entanto, na visão do analista da Spartan Peter Cardillo, a queda “acentuada” do ouro pode durar pouco. “Não vemos esse declínio como o início de uma tendência de queda renovada e vemos os preços se recuperando rapidamente. Em outras palavras, uma oportunidade de compra”, afirma. Segundo o profissional, a inflação e tensões geopolíticas devem trazer de volta a demanda pela segurança do metal precioso.
Última cotação do ouro
O ouro terminou a sessão dessa última quarta-feira (15) com uma desvalorização, puxado pelo avanço dos juros dos Treasuries ao longo do dia.
A queda do ouro ontem aconteceu um dia após o metal retomar ontem a marca de US$ 1,8 mil em Nova York, diante de uma leitura mais fraca que o esperado do índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em agosto.
O ouro com entrega prevista para dezembro encerrou a sessão de ontem com baixas de 0,68%, a US$ 1.794,80, na Comex.
Com informações do Estadão Conteúdo e da Dow Jones Newswires.