O ouro terminou a sessão desta segunda-feira (18) em leve queda, enquanto o mercado espera novos sinais de inflação e política monetária para adotar posições no mercado do metal precioso, após ganhos recentes.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro encerrou em queda de 0,15%, a US$ 1.765,70 a onça-troy.
Depois de uma semana de alta, a commodity metálica deu prosseguimento à tendência de desvalorização iniciada na última sexta-feira, diante da melhora no sentimento de risco nos mercados financeiros. Por ser considerado um ativo seguro, o ouro tende a se prejudicar quando há uma busca por risco entre operadores.
“Os mercados de ações em ambos os lados do Atlântico estavam firmes, o que indica um aumento do apetite pelo risco entre os participantes do mercado”, explica o Commerzbank.
O banco acrescenta que o bitcoin tem sido um dos principais rivais do metal precioso. Com a criptomoeda próxima do recorde histórico nos últimos dias, investidores tem sacrificado posições no mercado da commodity.
Última cotação do ouro
Na última semana, encerrada na sexta-feira (15), o ouro avançou 0,62% na comparação semanal. No último pregão da semana, contudo, o metal perdeu 1,65%, a US$ 1.758,30 a onça-troy.
Na sessão de sexta-feira, o contrato futuro do ouro interrompeu sequência de ganhos que havia acumulado no decorrer daquela semana. O metal foi influenciado pela cenário de menor busca por segurança no mercado, que costuma favorecer o ativo. Isso inclui a divulgação dos dados de varejo positivo nos EUA, interrompendo assim uma sequência de três sessões seguidas em alta.
As vendas no varejo nos EUA avançaram 0,7% entre agosto e setembro, a US$ 625,4 bilhões, segundo informou o Departamento de Comércio americano. O resultado contrariou a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que era de queda de 0,2%.
O indicador contribuiu para o ambiente favorável nas mesas de operações, que foram em busca de aplicações mais arriscadas, em detrimento das reservas de segurança. Nesse cenário, os juros dos Treasuries avançaram e, como consequência, ajudaram a pressionar o ouro – a commodity tende a ficar em desvantagem quando os rendimentos estão em alta.
Com informações do Estadão Conteúdo