O ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 9, impulsionado pela desvalorização do dólar ante os principais pares.
Quando a moeda americana recua, o metal precioso fica mais barato e atrativo para quem opera no mercado com outras divisas. Isso eleva a demanda pela commodity e, como consequência, o preço.
O contrato do ouro para agosto encerrou a sessão com ganho de 0,58%, a US$ 1.810,6 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Essa alta do ouro ocorreu apesar do avanço nos juros dos Treasuries. Como os títulos da dívida americana também funcionam como ativos de segurança para os investidores, a demanda por ouro pode cair quando os rendimentos são maiores.
Ontem, no entanto, o preço do ouro fechou em leve queda na Nymex, em meio a um movimento de realização de lucros dos investidores.
Alta do ouro ocorre em meio a preocupações
No geral, o pregão foi de maior apetite por risco, mas ainda há preocupações com o avanço da variante delta do coronavírus e os possíveis efeitos para a retomada da economia global.
Segundo o World Gold Council, um cenário em que novas variantes do coronavírus atinjam seriamente o crescimento global poderia levar os retornos anuais do ouro a subir cerca de 11%.
Outro destaque do dia foi ata da reunião de 9 e 10 de junho do Banco Central Europeu (BCE), mostrando que os dirigentes da instituição preveem que os preços ganharão fôlego no segundo semestre na zona do euro, mas graças a fatores temporários, recuando adiante.
O documento destaca ainda que, para o comando do BCE, a recuperação “ainda é frágil” e depende muito do andamento da pandemia da covid-19.
No radar dos investidores, além do ouro, também esteve um corte de compulsórios bancários na China e uma reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20.
(Com Estadão Conteúdo)