O ouro encerrou a sessão dessa quarta-feira (8) com uma leve desvalorização, pressionado pela valorização do dólar.
O ouro para dezembro fechou em baixa de 0,28%, em US$ 1.793,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O metal precioso foi penalizado mesmo em um quadro de certa cautela, que tende a apoiar o apetite pelo ouro, diante do dólar valorizado e também com investidores atentos a altas recentes nos juros dos Treasuries, segundo analistas.
A Sucden Financial comenta em relatório que o câmbio e os Treasuries têm influenciado o ouro. No caso do primeiro, o dólar valorizado torna o metal mais caro para os detentores de outras moedas, o que tende a conter o apetite dos investidores.
Já os Treasuries concorrem com o ouro como opção segura de investimento. O Commerzbank também cita o movimento como explicação para o recuo do ouro, em relatório a clientes. Os retornos dos bônus americanos sobem com investidores atentos à trajetória da inflação e seus riscos, enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mostra uma postura cautelosa antes de começar a apertar a política monetária.
Cotação do ouro ontem
Na sessão desta última terça-feira (8), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 1,92% a US$ 1.798,50 a onça-troy, na Comex.
O contrato mais líquido do ouro abriu a semana em território negativo, após feriado nos Estados Unidos manter os mercados locais fechados na segunda-feira (6). O avanço do dólar e dos juros dos treasuries pressionaram o preço do metal precioso na primeira sessão da semana, que chegou a perder a marca de US$ 1,8 mil por onça-troy.
Ontem, o ouro apagou os ganhos da sessão de sexta-feira, quando o resultado fraco do relatório de emprego dos EUA (payroll) de agosto impulsionou o metal a subir mais de 1%. Os investidores monitoraram as análises sobre um possível atraso no início do tapering pelo Federal Reserve (Fed) dado o desempenho abaixo do esperado no mercado de trabalho americano.
Com informações do Estadão Conteúdo.