Os fundos de investimentos estão em alta; quais as classes preferidas dos cotistas?

Os fundos de investimentos receberam aportes recordes em 2024. Após dois anos marcados por resgates expressivos, as captações superaram os resgates. Os preferidos dos investidores são os fundos de renda fixa e os fundos de previdência privada.

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Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os aportes líquidos somaram R$ 60,67 bilhões no ano, um alívio em comparação aos resgates de R$ 106,25 bilhões em 2023 e R$ 129,38 bilhões em 2022. 

Os fundos de renda fixa – crédito privado – foram os grandes beneficiados, captando R$ 242,98 bilhões, um recorde histórico para a categoria dentro de um único ano. Este movimento reflete a busca dos investidores por maior segurança em um cenário econômico de juros elevados. Em contrapartida, os fundos multimercados enfrentaram maiores resgates, com saídas totalizando R$ 356,73 bilhões em 2024.

Os fundos de crédito privado atraíram investidores que buscam retornos acima do CDI, aproveitando o novo ciclo de alta da taxa Selic. A mudança na emissão de títulos isentos de Imposto de Renda também estimulou esse fluxo, incentivando investimentos em fundos em vez da compra direta de papéis. 

Dentre as classes de produtos de crédito privado, R$ 113,47 bilhões foram para os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs). 

Os fundos de previdência também cresceram no gosto dos investidores, com aportes de R$ 37,43 bilhões. 

Com a inflação cada vez mais fora da meta do Banco Central e uma taxa Selic de dois dígitos, os ativos de risco receberam maiores resgates. Os fundos de ações, que sofreram com a queda do Ibovespa, foram impactados com uma retirada recorde de R$ 10 bilhões.

Os ETFs, que seguem índices de mercado, e os fundos cambiais também também tiveram saídas de R$ 1,02 bilhão e R$ 48,3 milhões, respectivamente. 

Fundos de crédito privado se destacam pelo retorno acima do CDI

Os fundos de crédito alocam recursos em títulos de dívida emitidos por instituições financeiras, empresas e securitizadoras. Dessa forma, esses papéis podem ser indexados ao CDI ou à inflação, com uma rentabilidade extra atrelada ao risco de crédito de cada operação.

Alguns fundos se destacam no quesito rentabilidade para seu investidor. Esse é o caso do fundo Multi Credit, gerido pela Clave Capital, que apresenta uma rentabilidade acumulada de 12,36% nos últimos 12 meses, acima dos 10,82% do CDI no período.

Outra opção é o Fator MAX DI, da Fator Asset, que é um fundo de investimentos voltado para investidores conservadores, que priorizam a segurança e aceitam retornos menores. Suas alocações estão majoritariamente em títulos públicos e bancários Triple A, com o objetivo de acompanhar a valorização do CDI.

Até o momento, o fundo acumulou rentabilidade de 11,22%, superando a taxa interbancária de 10,73% neste ano.

“Como uma boa parte dos títulos é indexada ao CDI, e estamos vivendo um cenário de juros reais ex-post elevados, o retorno nominal dos títulos de crédito privado fica mais atrativo”, destaca a AZ Quest em relatório.

A gestora também conta com mais de cinco fundos de crédito privado no portfólio, como é o caso do AZ Quest Altro, que acumula alta de 13,28% em 12 meses.

Vale ressaltar que esta matéria não representa uma indicação de compra ou venda de fundos de crédito privado. 

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Gustavo Bianch

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