A oposição afirma que possui estratégias para impedir que o filho do Presidente da República, Eduardo Bolsonaro, assuma a posição de embaixador dos Estados Unidos.
“A oposição vai fazer perguntas tradicionais para a carreira diplomática, da prova do Itamaraty, a mais difícil do serviço público brasileiro. Esperamos que ele [Eduardo Bolsonaro] esteja preparado”, disse o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues ao jornal “Valor Econômico”.
De acordo com os opositores, a estratégia consiste em:
- abordar questões sobre a diplomacia;
- e incentivar voto aberto.
Os senadores tem como objetivo questionar Eduardo sobre assuntos da carreira de diplomacia para expor o seu despreparo. Por sua vez, o voto aberto poderá fazer com que parlamentares que estão inclinados a votarem a favor se constranjam.
Além disso, a oposição afirma que o tempo em que Bolsonaro será questionado será longo e esperam que ele esteja preparado.
“Na Comissão de Relações Exteriores (CRE) vamos ter no mínimo 7 votos [de 18 possíveis] contra a indicação. Queremos saber o que ele conhece sobre as tradições e os nomes da diplomacia brasileira. Ele que se prepare para uma sabatina longa”, disse Rodrigues.
Oposição acredita ser nepotismo indicação de Eduardo Bolsonaro
Os opositores que são representantes na CRE, onde os parlamentares aprovam ou rejeitam nomes de embaixadores, acreditam que a indicação do presidente Jair Bolsonaro é um ato de nepotismo. Confira a opinião de alguns parlamentares:
“Não sou favorável. Tem os profissionais que dedicam sua carreira a isso. Não vejo de forma nem um pouco positiva. Os filhos não podem ter este protagonismo que estão tendo poque você confunde. É a família que está no comando do governo federal?”, disse o vice-presidente da comissão, Marcos do Val.
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“É um escândalo total. Tenha certeza que o governo Bolsonaro terá o primeiro caso de rejeição de embaixador. É um caso flagrante de nepotismo que não pode ser aceito”, disse Rodrigues.
“Será uma indicação terrível mas que quer sabatinar Eduardo Bolsonaro para aferir sua qualificação para o posto. A relação familiar e falar a língua do país não significa que a pessoa tenha os predicados para a função”, disse o Senador Angelo Coronel.