A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Opep, reduziu a sua previsão para a oferta brasileira de petróleo em 2021. A entidade fez um corte de 3,74 milhões de barris por dia (bpd) a 3,72 milhões de bpd.
A informação foi divulgada no relatório mensal da Opep, publicado nesta quarta-feira (13). Se confirmado, o resultado equivaleria a um aumento de 50 mil bpd em relação a 2020.
Segundo a Opep, o corte da previsão no petróleo acontece após a queda da oferta em agosto, de 50 mil bpd, para 3 milhões de bpd, apesar do início da produção no campo Sepia, em Santos.
O grupo explica que a paralisação em outros campos, para manutenção e regulações sanitárias, forçou a diminuição da oferta. A Opep lembra ainda que a produção na plataforma P-80 FPSO, em Búzios, só será retomada em 2022.
Para 2022, a previsão é de que a produção da commodity no Brasil suba a 3,95 milhões de bpd. A expectativa é de que o oferta se eleve com dois novos projetos, o campo Mero-1 (Guanabara), que estava inicialmente planejado para começar em 2021, e o Peregrino-Fase 2.
Previsão para o PIB do Brasil
A Opep manteve inalteradas as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano e no próximo. Segundo relatório mensal divulgado hoje, o grupo prevê que a atividade econômica do País avançará 4,7% em 2021 e 2,5% em 2022. O
documento destaca que a maior economia do América Latina tem sido apoiada pela melhora no setor de serviços, mas que os gargalos na cadeia produtiva global pesa sobre a atividade industrial.
A Opep cita como riscos negativos às projeções as incertezas referentes à inflação, ao equilíbrio fiscal e também às eleições presidenciais de 2022.
Opep+ mantém produção de petróleo em 400 mil barris
A Opep+ informou em comunicado que, após uma reunião ministerial na segunda-feira, dia 4, ficou decidido que o acordo que já está em vigor irá se manter. Ou seja, o aumento gradual da oferta de petróleo deve continuar.
Com isso, a Opep+ continuará a elevar sua oferta de petróleo em 400 mil barris por dia (bpd), em novembro. Desde julho, o acordo prevê o aumento da produção de commodity nessa mesma quantidade mês a mês, até pelo menos abril de 2022.
A ideia dos países exportadores de petróleo é repor, gradualmente, 5,8 milhões de barris por dia dos cortes feitos durante o período mais crítico da pandemia de coronavírus.
O comunicado da Opep também reitera a importância de se respeitar completamente o acordo e de se seguir o mecanismo de compensação até o fim de dezembro de 2021 – um lembrete para os países que excederam suas cotas em meses anteriores.
Com informações do Estadão Conteúdo