A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumentou a sua previsão para a produção brasileira no ano de 2022. Agora, a previsão é de 3,9 milhões de barris por dia (bpd).
Essa produção de petróleo estimada é equivalente a um aumento de 200 mil bpd em relação a 2021. A revisão consta em relatório mensal divulgado nesta terça-feira (12).
Segundo o documento, a oferta brasileira caiu 121 mil bpd em maio ante abril, a 2,9 milhões de bpd. A tendência, de acordo com a Opep, é de que a produção seja impulsionada pelo avanço nas atividades nos campos de Mero (Libra NW), Buzios (Franco), Tupi (Lula), Peregrino e Sépia.
“O campo de Itapu (Florim) descoberto em 2013 na bacia de Santos deverá iniciar a produção em 2023 com capacidade máxima de 130 mil bpd até 2025”, explica a Opep.
No intradia desta terça (12) os contratos futuros do petróleo mostram uma baixa de 4,17% no Brent e de 4,4% no WTI, com cotações a US$ 102 e US$ 99, respectivamente.
Veja o último fechamento da cotação do petróleo
Os contratos futuros de petróleo fecharam sem sinal único na segunda (11).
A commodity chegou a recuar mais de 2%, com possíveis riscos à demanda no radar, mas depois reduziu perdas, com o Brent ainda marcando fechamento levemente positivo.
O contrato do WTI para agosto fechou em baixa de 0,67% (US$ 0,70), a US$ 104,09 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro subiu 0,07 (US$ 0,08), a US$ 107,10 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos exibiam perdas maiores no início do dia, em meio a temores sobre a última onda de casos de covid-19 na China e após a descoberta de uma nova subvariante altamente contagiosa da Ômicron em Xangai.
Nesse quadro, o contrato do WTI chegou a recuar mais de 3% e o Brent também esteve firmemente em território negativo.
No câmbio, o dólar forte contribuiu para o movimento. Neste caso, o petróleo, cotado na moeda americana, fica mais caro para os detentores de outras divisas, o que contém o apetite dos investidores.
Mais adiante, porém, houve redução de perdas no mercado do óleo, na véspera da publicação de relatório da Opep.
A Oanda afirma que a perspectiva para a demanda sofreu um “golpe” com a notícia sobre alta em casos de covid-19 na China. Segundo ela, Wall Street também se debate com a inflação elevada na economia dos EUA, em quadro mais duro do que o esperado por analistas.
A Oanda ainda considera que os contratos poderiam perder a marca de US$ 100 o barril, caso a perspectiva da covid-19 na China piore mais.
E também cita o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que sai nesta quarta (13) e pode influenciar no quanto os americanos viajarão no restante do ano, influindo portanto também na demanda por petróleo.
Com informações do Estadão Conteúdo