A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou nesta quarta-feira (10) que o crescimento da oferta de petróleo entre os países não participantes do cartel continuará forte no ano que vem.
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A Opep informou que, dessa forma, a previsão de produção de petróleo para as nações fora da organização será de 2,17 milhões de barris por dia.
O cartel também anunciou que a sua estimativa para a demanda mundial de petróleo para 2019 e 2020 é de, respectivamente, 0,98 e 1,08 milhão de barris por dia. Sua expectativa de crescimento econômico global em 3% para este o próximo ano.
“Para 2019, EUA, Brasil e Canadá continuam sendo os principais impulsionadores do crescimento, e isso continuará em 2020 com a adição da Noruega”, informaram.
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O relatório da Opep veio a público dias após a organização e seus aliados concluírem um novo plano de produção para aprofundar seus cortes na produção de petróleo em 500 mil barris por dia, até o fim de março do ano que vem.
Um excesso de estoques de petróleo de países não membros da organização e a estagnação da demanda também estavam por trás da decisão de aprofundar os cortes.
Arábia Saudita pressionou a Opep
A decisão representa a retenção de aproximadamente 1,7 milhão de barris por dia nos mercados globais retidos pela coalização. A medida foi motivada pela Arábia Saudita, na tentativa de impulsionar a oferta pública inicial de ações (IPO) da Saudi Aramco, em meio à queda de preços da commodity.
Simultaneamente à decisão da Opep, os sauditas também informaram que manterão o corte adicional, fazendo com que o país reduza sua produção do que a capacidade de suas notas cotas.
A produção saudita variou entre setembro e outubro, após os ataques a instalações de processamento de petróleo no país terem destruído 5% do suprimento global de petróleo. No entanto, os números de novembro mostraram que a produção saudita caiu 412 mil barris por dia em relação ao mês anterior.
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O documento ressalta que “a previsão de fornecimento para 2020 não-Opep permanece sujeita a algumas incertezas, incluindo o grau de disciplina de gastos das empresas petrolíferas independentes dos Estados Unidos“.
A produção no Iraque, outro membro do cartel, que acabou por ultrapassar suas cotas cortadas – aumentou 19 mil barris por dia, enquanto a da Venezuela foi a 151 mil barris por dia. Em Angola, o suprimento caiu 118 mil barris por dia no mês passado.
O preço do petróleo Brent, o benchmark global, subiu 5,6% até agora em dezembro e o futuro dos EUA subiu 6,8%, com esses ganhos impulsionados em especial pelo anúncio da Opep+ na semana passada.
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