A Rússia e a Arábia Saudita chegaram nesta quinta-feira (9) a um princípio de acordo para cortar a produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 10 milhões de barris por dia (bpd).
Os países membros do grupo se reuniram no início desta quinta-feira para deliberar sobre os termos da produção de petróleo. Segundo apontam fontes da Dow Jones Newswires, a Rússia e Arábia Saudita conseguiram afastar as divergências que haviam impedido o avanço das negociação deste o início de março.
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As posições divergentes entre os dois países causaram a atual crise global no preço da commodity. Dessa forma, as deliberações, que dão sequência às negociações anteriores, visam uma trégua entre os produtores. A reunião deve se arrastar até o final do dia.
Conforme esboços dos acordo, a Arábia Saudita concordaria em reduzir de petróleo em quatro milhões de barris por dia, a partir do mês de abril. Do outro lado, os russos aceitariam um corte nas extrações de dois milhões de barris diários. O volume restante corresponderia a cota dos demais integrantes da Organização.
No entanto, a Opep intenciona a participação de outros países produtores de petróleo: como os Estado Unidos, a Noruega, o Canadá e o Brasil. O objetivo é retirar até 20 milhões de barris diários do mercado, a fim de reverter a crise atual dos preços do insumo, agravada ainda pelo pandemia global do novo coronavírus.
Opep pressiona Brasil a cortar produção de petróleo
O Brasil está sendo pressionado pela Opep para cortar sua produção nacional da commodity, segundo informações do jornal “O Globo”. De acordo com a publicação, as conversas foram intensificadas nos últimos dias, mas o governo brasileiro ainda não tomou uma decisão. O intuito da medida é fazer com que o preço do petróleo aumente, dada uma queda na oferta ao mercado.
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Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia do Brasil, participou de uma longa reunião com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Dan Brouillette. O aumento na cotação do preço dos barris da commodity também interessa ao mercado norte-americano.
De acordo com especialistas, um preço muito baixo do produto pode dificultar a extração de xisto. Antes um dos maiores consumidores de petróleo no mundo, as fraturas e perfurações hidráulicas em campos de xisto converteram os Estados Unidos em um grande exportador.
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