A Superintendência de Seguros Privados (Susep) abriu hoje uma consulta pública de minutas que regulamentam o chamado open insurance, que é o compartilhamento de dados pelos clientes do setor entre as seguradoras. A iniciativa segue os moldes do open banking, do setor bancário.
A partir dessa abertura, diferentes instituições poderão oferecer opções de produtos aos segurados. O resultado esperado é uma combinação de aumento da concorrência e redução do preço na ponta final.
Os dados também poderão ser utilizados para desenvolver produtos e serviços inovadores que atendam às necessidades atuais e futuras dos consumidores de seguros, previdência e capitalização.
“O ambiente do open insurance tem potencial para melhorar a forma como clientes, em especial pessoas naturais e pequenas e médias empresas, gerem as suas finanças, como as empresas interagem entre si e com os seus clientes, além de promover a inclusão financeira, a democratização do acesso a produtos de seguros e previdência e de transformar a concorrência no mercado”, disse em nota a superintendente da Susep, Solange Vieira.
Open insurance segue modelo em curso no setor bancário
A medida no setor de seguros segue o que já está em curso no setor financeiro, onde o Banco Central implementa o open banking. Segundo a Susep, estão previstos requisitos para que haja convergência e interoperabilidade entre open insurance e open banking.
A consulta pública sobre o open insurance ficará aberta para envio de sugestões até o dia 25 de maio. O cronograma prevê o início do funcionamento da primeira fase já em dezembro deste ano, com a disponibilização dos dados públicos no sistema. A inclusão dos dados privados deve ocorrer em outra fase, a partir de março de 2022, segundo o jornal Valor Econômico.
Já o prazo final para a implantação do open insurance se estende até o começo de 2023.