A Open, fintech de investimentos, acaba de lançar três fundos multimercados sistemáticos com gestão influenciada pela inteligência artificial.
Os fundos sistemáticos da Open contam com um robô chamado ‘advisor’, que transforma recomendações em produtos de investimentos, mirando três perfis diferentes de investidor.
Os ativos sob gestão em plataformas análogas, no mundo todo, deve chegar a US$1,4 bilhão em 2021 e US$ 2,8 bilhões em 2025, segundo levantamento do site alemão Statista.
Segundo a própria fintech, o processo se baseia em algoritmos que selecionam intuitivamente ativos que compõem as carteiras de cada fundo, definindo uma tolerância de perda máxima para cada um dos perfis de investidor.
Como um dos primeiros passos recomendados ao iniciar a trajetória nos investimentos, a recomendação usual de corretoras e casas de análise é de descobrir o perfil de investidor, verificando se quem realizará os aportes é conservador, moderado ou agressivo.
Mirando os mais conservadores, a startup abriu o Open Seed, fundo que eplica ETFs (exchange traded fund, ou fundo de índice) de renda fixa, com 0,6% ao ano de taxa de administração.
Em um degrau acima, o Open Grown – uma mescla ETFs de renda fixa com renda variável, com 0,7% de taxa anual.
E, por fim, com 100% de ETFs de renda variável, o Open Premium é o produto para investidores com maior tolerância a risco, também com 0,7% de taxa.
Todos os três exigem um aporte inicial relativamente baixo em relação aos fundos disponíveis em corretoras – com R$ 100, podem ser adquiridas as primeiras cotas.
Além disso, também leva em conta a frequência do balanceamento, o período da análise histórica, a otimização composição da carteira e as projeções de performance.
Todos os três produtos fazem parte de uma plataforma própria da fintech, a Open Invest – que deve ser lançada em dezembro deste ano, em integração com a Open Edu, plataforma voltada para educação financeira com modelo freemium.
A Open Invest deve juntar funcionalidades de consolidação de carteiras, fundos de investimentos personalizados para cada perfil de investidor e atendimento por consultores.
Para catapultar fundos, startup recebeu aporte da Acqua
Na missão de lançar a sua plataforma e disponibilizar os fundos, a Open recebeu um aporte da Acqua Participações, holding dos sócios do escritório de agente autônomo Acqua Vero – atualmente afiliado ao BTG Pactual (BPAC11) e ex-XP Investimentos.
A cifra do aporte não foi revelada, mas a fintech afirma que mira R$ 2 milhões em receita recorrente no ano de 2022. Na esteira dos novos projetos, administração frisa que tem projeções de crescimento fixadas até 2024.
Na Open Edu, a fintech quer alcançar um total de 15 mil usuários ativos até o fim do ano de 2022.
Open surfa onda de CPFs
Com os produtos voltados ao investidor pessoa física, a Open leva em conta a escalada do número de investidores da bolsa de valores brasileira, a B3.
Desde meados de 2020 o número de investidores têm aumentado, sendo que ainda em outubro deste ano a bolsa chegou à marca de 4 milhões de contas de pessoas físicas em renda variável.
Vendo esse cenário, a administração da Open mira os investidores com pouco tempo de bolsa, tentando contribuir com a integração de novos investidores em renda variável.
Como meta, a Open quer alcançar um patrimônio líquido de R$ 100 milhões até o fim do primeiro semestre de 2022, e após isso, ampliar a estratégia para aplicação direta em ETFs e BDRs (Brazilian Depositary Receipts).
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