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Onde investir com alta da Selic? fundos de renda fixa são estratégicos

Renda fixa

Renda fixa. Foto: Pixabay.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciou nesta terça-feira (10) a última reunião de política monetária de 2024. As expectativas do mercado apontam para uma nova elevação da taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 12% ao ano, o que deve favorecer ainda mais os fundos de investimento de renda fixa

Entre janeiro e novembro de 2024, os fundos de investimento acumulam um saldo líquido positivo de R$ 186,2 bilhões, o melhor resultado dos últimos três anos para o período, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) na última segunda-feira (9). Dentro deste contexto, os fundos de renda fixa estão se destacando, com uma captação líquida de R$ 344 bilhões no período. 

“No atual cenário de alta nas taxas de juros, a renda fixa volta a ficar extremamente atrativa. Investir através de fundos pode ser uma boa opção para o investidor já que ele consegue diversificar inúmeros títulos através de um único ativo”, explica Geraldo Búrigo, analista de research da Investo.

ETFs de renda fixa ajudam na diversificação

Em meio a este contexto, os ETFs de renda fixa são uma alternativa estratégica para diversificar o patrimônio e ter rentabilidade atrativa em meio à estagnação do Ibovespa neste ano. Essa classe de ativos acompanha a variação de índices que podem ser compostos por títulos públicos ou privados.

É possível investir, por exemplo, em papéis que acompanham a performance de títulos atrelados à taxa Selic, como é o caso do LFTS11, da Investo. Neste ano, o fundo acumula uma variação positiva de 10,19%, ante uma queda de mais de 5% do Ibovespa. 

Há ainda títulos atrelados à indicadores de inflação. “Um dos ETFs da Investo, o NTNS11, que tem como referência o índice Tesouro IPCA 0-4 anos, que compra títulos públicos Tesouro IPCA de vencimentos de 0 a 4 anos”, destaca o analista da gestora.

Retornos acima do CDI com crédito privado

Além dos ETFs de renda fixa, os fundos de crédito privado também tem chamado atenção dos investidores. Esses ativos alocam recursos em títulos de dívida emitidos por instituições financeiras, empresas e securitizadoras. Dessa forma, esses papéis podem ser indexados ao CDI ou à inflação, com uma rentabilidade extra atrelada ao risco de crédito de cada operação.

Esse é o caso do fundo Multi Credit, gerido pela Clave Capital, que apresenta uma rentabilidade acumulada de 12,36% nos últimos 12 meses, acima dos 10,82% do CDI no período.

“Como uma boa parte dos títulos é indexada ao CDI, e estamos vivendo um cenário de juros reais ex-post elevados, o retorno nominal dos títulos de crédito privado fica mais atrativo”, destaca a AZ Quest em um relatório.

A casa também conta com mais de cinco fundos de crédito privado no portfólio, como é o caso do AZ QUEST ALTRO FIC FIM CP, que acumula alta de 13,75% neste ano.

Vale ressaltar que esta matéria não representa uma indicação de compra ou venda de fundos de renda fixa. O texto visa somente apresentar algumas classes de ativos que têm se destacado em meio ao avanço dos juros. Todas as decisões de investimentos devem ser realizadas com análises cuidadosas e com base no perfil de cada investidor.

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