Onde investir em 2025? Veja quais são as recomendações dos analistas
2024 foi um ano marcado por incertezas para o mercado brasileiro, levantando dúvidas sobre onde investir em meio à volatilidade. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, encerrou o ano no vermelho. Por outro lado, os ativos de renda fixa se destacaram positivamente ao se beneficiarem da alta da taxa Selic.
Para 2025, as perspectivas seguem marcadas por incertezas. No cenário interno, as pressões inflacionárias, a preocupação com o cenário fiscal e a política monetária devem seguir direcionando o mercado.
Já no exterior, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos também deve refletir no mercado brasileiro, especialmente em meio às projeções que apontam para uma política mais protecionista no país norte-americano, o que deve contribuir também para o fortalecimento do dólar no mundo.
Onde investir em 2025?
Este ano será bastante atraente para a renda fixa, de acordo com o relatório “Onde Investir em 2025“, divulgado pela XP em dezembro do ano passado. Isso porque o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central já sinalizou que deve elevar os juros ao menos mais duas vezes em 2025.
Segundo projeções divulgadas pelo Santander, a taxa básica de juros brasileira deve encerrar este ano em 15,50%, o que aumenta ainda mais a atratividade dos papéis de renda fixa.
Uma taxa Selic elevada torna a renda fixa atrativa porque aumenta a rentabilidade de ativos atrelados a juros, como títulos públicos e CDBs. Esses investimentos podem oferecer retornos acima da inflação com baixo risco. Títulos como Tesouro Selic, LCI, LCA e debêntures incentivadas são exemplos de ativos que se beneficiam nesse cenário.
Já em relação à renda variável, ações de exportadoras e de companhias que possuem receita em dólar podem se beneficiar, como frigoríficos e empresas de papel e celulose. Isso porque diversas instituições financeiras apontam que as perspectivas para o dólar em 2025 permanecem desafiadoras.
Para o BTG Pactual, por exemplo, a moeda norte-americana pode atingir R$ 6,25 neste ano, cenário que deve ser avaliado de perto pelos investidores que ainda não sabem onde investir. “Ações do governo que minem a credibilidade da política monetária ou envolvam intervenções cambiais podem levar o câmbio a ultrapassar R$ 7 no próximo ano”, avalia o banco.