A Oncoclínicas (ONCO3) estreou em forte baixa na B3 nesta terça-feira (10). Em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), os papéis da companhia operavam com um recuo de 7,39%, negociados a R$ 18,29, por volta das 10h21.
Na última sexta-feira (6), a Oncoclínicas precificou suas ações em R$ 19,75 cada, abaixo da faixa indicativa, apresentada no prospecto preliminar arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação movimentou R$ 3,6 bilhões.
A abertura de capital consistiu em uma oferta primária, quando os recursos vão para o caixa da companhia, de 90 milhões de ações ordinárias.
Houve ainda uma tranche secundária, em que o dinheiro fica com os sócios vendedores, de 45 milhões de papéis, dos fundos Josephina e Josephina II, do Goldman Sachs.
O banco de investimento, inclusive, teria levado cerca de R$ 1,8 bilhão com a operação, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a Oncoclínicas, os recursos captados serão direcionados para o financimento de aquisições, projetos de investimento e capital de giro.
A empresa será listada no Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da Bolsa brasileira. Os coordenadores da oferta foram o próprio Goldman Sachs, junto a Itaú BBA, Citi, UBS BB, JP Morgan, XP e Santander (SANB11).
Histórico da Oncoclínicas
Fundada em 2010, a Oncoclínicas é uma cadeia mineira de clínicas para tratamento contra câncer integrada, desde a prevenção, passando pelo diagnóstico e tratamentos específicos, até os cuidados continuados.
A companhia se colocou como o maior prestador no mercado de oncologia clínica privada da América Latina em termos de receita, contando com 69 unidades, incluindo clínicas, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros integrados de tratamento de câncer, localizadas em 20 cidades no Brasil.
No ano passado, a companhia realizou mais de 1 milhão de consultas, através do serviço de mais de 1.000 médicos especialistas com ênfase em oncologia com atuação dedicada em nossas unidades.
A companhia registrou uma receita líquida de R$ 2,03 bilhões no acumulado de 2020, ante resultado de R$ 1,68 bilhão em 2019. Na mesma comparação, a empresa reverteu lucro de R$ 19,09 milhões e apurou prejuízo de R$ 125,20 no ano passado.
A abertura de capital da Oncoclínicas vem na esteira do IPO da Viveo (VVEO3), também do setor de saúde, que listou suas ações na B3 na véspera, levantando R$ 2 bilhões.