A Organização Mundial de Saúde (OMS) se pronunciou nesta quarta-feira (17) sobre a vacina de Oxford contra covid-19, produzida em parceria com a AstraZeneca, que, nos últimos dias, vem sendo proibida de ser aplicada em vários países europeus. Para a instituição, os benefícios do antígeno ainda são maiores do que os potenciais riscos e, por isso, a campanha deve continuar acontecendo ou, onde interrompida, retomada.
Nas últimas semanas, houve relatos de que pessoas que receberam aplicações da vacina de Oxford foram acometidas por tromboses e coágulos. Por esse motivo, países como Itália, Portugal e Alemanha, e outros doze países da Europa, optaram por interromper as aplicações do imunizante.
O painel de especialistas da OMS se reuniu ontem e, no documento divulgado, afirmou que ainda não há indicações de que exista ligação entre a vacina de Oxford e os surgimentos de coágulos. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também afirmou que os benefícios do imunizante continuam a superar os riscos.
OMS continuará a realizar estudos com vacina de Oxford
A OMS ressaltou ainda que outros países do bloco optaram ainda por continuaram com o uso da vacina de Oxford mesmo após analisarem as informações e que é normal países apontarem possíveis efeitos colaterais após amplas campanhas de vacinação, mas que nem sempre eles estão relacionados à imunização.
OMS e EMA estariam em contato constante para estudar os últimos dados levantados. As duas instituições se comprometeram a, assim que a avaliação for concluída, divulgarem suas conclusões.
“O Comitê Consultivo Global da OMS sobre Segurança de Vacinas está avaliando cuidadosamente os dados de segurança mais recentes disponíveis para a vacina AstraZeneca. Assim que a revisão for concluída, a OMS comunicará imediatamente as descobertas ao público”, diz o documento.
No domingo, a AstraZeneca divulgou um estudo em que analisou 17 milhões de pessoas que receberam a vacina de Oxford. De acordo com o levantamento, do total de vacinados, 15 apresentaram trombose venosa profunda e 22 embolia pulmonar, o que seria um “número menor do que o esperado para ocorrer naturalmente em uma amostra desta proporção”.
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