Ômicron apresenta risco global “muito alto” e poderá se espalhar, diz OMS
A nova variante da Covid-19, Ômicron, poderá se espalhar rápido e representa um risco global “muito alto”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O alerta feito nesta segunda-feira (29) indica preocupação com novos surtos de infecção que podem ter “consequências graves” para alguns áreas, diz matéria da CNBC.
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“Dadas as mutações que podem conferir potencial de escape imunológico e possivelmente vantagem de transmissibilidade, a probabilidade de disseminação potencial do Ômicron em nível global é alta”, disse a OMS em comunicado para seus 194 estados membros.
Com isso, a Organização avalia que pode haver surtos futuros de coronavírus a depender dos fatores de risco de cada país, mas, de modo geral, “o risco global relacionado a nova variante Ômicron é avaliado como muito alto”, diz o comunicado.
Entretanto, pouco se sabe sobre a nova variante, além do fato de apresentar um alto número de mutações. Não se sabe, por exemplo, o quão transmissível é essa nova cepa.
Outra dúvida é em relação ao perfil de gravidade da Ômicron, se a variante é mais perigosa ou não que outras versões do coronavírus, como a Delta.
Por fim, também há incertezas sobre o quanto as vacinas em uso no mercado protegem contra a infecção e a transmissão da Ômicron, considerando o grau de gravidade da doença e agravamento para óbito.
A OMS disse que levará semanas para entender como a variante pode afetar o diagnóstico, a terapia e as vacinas. Evidências preliminares sugerem que a cepa tem um risco aumentado de reinfecção, diz o comunicado.
Ômicron já está presente em cinco continentes
Identificada na África do Sul, a Ômicron está se espalhando rapidamente pelo país. Entretanto, deve-se considerar que a taxa de vacinação por lá está em cerca de 24%, segundo dados do portal World In Data, até 27 de novembro.
Os sintomas de Covid-19 pela variante Ômicron foram descritos como “extremamente leves” pela médica Angelique Coetzee, que deu o primeiro alerta sobre uma nova cepa.
Segundo ela, o primeiro caso foi em um paciente homem, de 33 anos de idade, que se descreveu como extremamente cansado nos últimos dias, com dores no corpo e na cabeça. Entretanto, o paciente não tinha dor de garganta, mas sim a sensação de “garganta arranhada”, sem tosse ou perda do paladar ou do cheiro.
Até agora, outros casos de Ômicron foram identificados nos seguintes países:
- África do Sul e outros países que fazem divisa;
- Austrália,
- Reino Unido,
- França,
- Israel,
- Escócia,
- Bélgica,
- Holanda,
- Alemanha,
- Itália,
- Canadá e
- Hong Kong.
Para evitar a disseminação da variante Ômicron, diversos países fecharam suas fronteiras para a África, logo que foi anunciada a nova cepa. Outros voltaram a impor restrições severas em viagens e a obrigação de quarentena.
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