A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera “preocupante” a nova variante da Covid-19, batizada de “ômicron“, e reforçou a necessidade do uso de máscara e distanciamento social.
De acordo com a OMS, a ômicron tem um número alto de mutações (ao menos 50), e alguns indícios mostram que pode haver um risco maior de reinfecção e transmissão.
O total de novos casos da ômicron está crescendo na África do Sul, mas o Ministério da Saúde do Brasil apontou que até agora não há nenhum diagnóstico da nova variante no País. Na visão da OMS, a vacinação no Brasil “provavelmente” ajudará no combate a doença.
O que os cientistas sabem até agora sobre a nova variante do coronavírus é que essa cepa possui uma série de mutações que a torna mais transmissível, justamente em contexto de recorde de casos diários na Europa.
Por esse motivo, já nesta sexta (26) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota técnica recomendando que o governo brasileiro adote medidas de restrições para voos e viajantes vindos de seis países africanos, onde a variante teria surgido.
Entre os países listados pela Anvisa, estão Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, além da África do Sul. A efetivação das medidas depende de portaria interministerial. Mas a variante já foi detectada na Bélgica e em Hong Kong.
Foram localizadas 50 mutações no total na Ômicron
Em entrevista coletiva a jornalistas, o diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, Tulio de Oliveira, disse que foram localizadas 50 mutações no total na nova variante, sendo mais de 30 na proteína spike, a responsável pela entrada do vírus nas células e alvo da maioria das vacinas contra a covid-19.
Com esse número, as alterações que a tornam mais transmissíveis são duas vezes maiores do que a da variante Delta, a última que causou temor e gerou ondas de contaminação pelo mundo.
Oliveira, que é brasileiro, disse que a ômicron carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam.