A Omega Geração (OMGE3) prepara uma oferta de debêntures “verdes” de infraestrutura no valor de R$ 160 milhões por meio de esforços restritos de colocação. As informações foram publicadas pelo jornal “Valor Econômico” nesta quarta-feira (9).
Os recursos levantados pela empresa de energia renovável serão utilizados para o reembolso de investimentos relacionados aos projetos Dela 7 e 8 e CEA III da Omega Geração, que dizem respeito a centrais eólicas nos Estados do Maranhão e da Bahia.
Os papéis foram considerados “verdes” por conta de um parecer da consultoria SITAWI Finanças do Bem e da marcação nos sistema da bolsa de valores brasileiras, a B3, como título sustentável.
Com isso, as debêntures terão um prazo de oito anos e a remuneração sugerida é baseada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa de 1,55%.
Cade aprova compra de eólicas da Eletrobras por Omega Geração
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição de ativos eólicos da companhia elétrica estatal Eletrobras (ELET3) por parte da Omega Geração, conforme publicado no no Diário Oficial da União na última terça-feira (9).
O negócio foi anunciado pelas duas empresas no final do mês de julho e envolve a compra de parques eólicos no Rio Grande do Sul por cerca de R$ 1,5 bilhão, incluindo dívidas.
A operação compreende a totalidade da parcela da companhia estatal no complexo Santa Vitória do Palmar e em outras usinas, que somadas chegam a um total de 583 megawatts em capacidade.
Com isso, o órgão antitruste destacou, em parecer sobre a transação, que “conclui-se que a presente operação não acarreta prejuízos ao ambiente concorrencial”. O Cade ainda ressaltou que mesmo depois da aquisição das usinas a Omega Geração irá seguir com uma participação no mercado de energia eólica brasileiro inferior a 10%.