A Ômega Geração (OMGE3) teve um lucro líquido de R$ 37,6 milhões no terceiro trimestre de 2020, crescendo 19% na comparação com o mesmo período de 2019, quando o lucro foi de R$ 31,6 milhões.
A receita líquida cresceu 10% na comparação com a base anual, alcançando R$ 314,4 milhões e o EBITDA chegou a R$ 203,3 milhões, alta de 1% na mesma base e 88% maior do que no segundo trimestre de 2020. Segundo o relatório, a diferença entre o terceiro e o segundo trimestre se dá por melhores condições climáticas.
Nos ativos solares, também houve melhora de desempenho por conta da menor umidade na região de Assuruá, com geração potencial de 7 p.p acima do segundo trimestre de 2020, apesar de 3% abaixo da média histórica.
O desempenho do potencial solar e eólico somados atingiram uma geração de 1.359,8 GWh, o que compensou a queda de 29% no portfólio hídrico na comparação com o segundo trimestre, causada também pela sazonalidade.
No mercado de energia, o ano vem se mostrando favorável. A incidência de chuvas foi levemente maior do que no ano passado e a redução de consumo por conta da pandemia manteve os níveis dos reservatórios elevados, o que diminui em 57,5% o preço spot na comparação com o mesmo período de 2019, diminuindo os custos.
A Ômega chama a atenção para o lançamento da sua plataforma digital de venda energia “limpa”, o SmartFlex, que transacionou R$ 78 milhões e, em 22 dias de operação, gerou 1.638 orçamentos.
No terceiro trimestre, a companhia fez uma nova oferta primária de ações (IPO), levantando R$ 897 milhões e anunciou novos investimentos, como a compra do Complexo Chuí e de 50% de Ventos da Bahia 1 e 2.
Em parte, essas aquisições explicam o aumento da geração de energia da Ômega, que cresceu 4% na comparação com 2019 mesmo com a safra de ventos atrasando na comparação com o ano passado.