A Omega Geração (OMGE3) informou ao mercado que precificou a R$ 39,00 por ação sua oferta pública de distribuição secundária (follow-on), levantando R$ 954,7 milhões. A operação foi realizada com esforços restritos, ou seja, voltada apenas a um grupo de investidores institucionais.
O preço por ação definido no processo de bookbuilding (processo de coleta de demanda dos investidores) ficou abaixo dos R$ 41,75, data do fechamento do dia 22, no qual mercado esperava que o follow-on da Omega Geração pudesse movimentar R$ 1 bilhão.
Segundo o fato relevante, a oferta consiste na distribuição secundária de 24,47 milhões de ações ordinárias de papéis detidos pela gestora de recursos Tarpon, um dos principais acionistas da empresa de geração de energia renovável. Simultaneamente, no âmbito da oferta, foram realizados esforços de colocação das ações no exterior pelo Itaú BBA.
Dessa forma, os recursos não foram levantados para o caixa da companhia mas para a saída do fundo Tarpon.
Omega Geração apresenta lucro líquido de R$ 37,6 milhões no 3T20
A Ômega Geração teve um lucro líquido de R$ 37,6 milhões no terceiro trimestre de 2020, crescendo 19% na comparação com o mesmo período de 2019, quando o lucro foi de R$ 31,6 milhões.
A receita líquida cresceu 10% na comparação com a base anual, alcançando R$ 314,4 milhões e o EBITDA chegou a R$ 203,3 milhões, alta de 1% na mesma base e 88% maior do que no segundo trimestre de 2020. Segundo o relatório, a diferença entre o terceiro e o segundo trimestre se dá por melhores condições climáticas.
Nos ativos solares, também houve melhora de desempenho por conta da menor umidade na região de Assuruá, com geração potencial de 7 p.p acima do segundo trimestre de 2020, apesar de 3% abaixo da média histórica.
O desempenho do potencial solar e eólico somados atingiram uma geração de 1.359,8 GWh, o que compensou a queda de 29% no portfólio hídrico na comparação com o segundo trimestre, causada também pela sazonalidade.
A Ômega chama a atenção para o lançamento da sua plataforma digital de venda energia “limpa”, o SmartFlex, que transacionou R$ 78 milhões e, em 22 dias de operação, gerou 1.638 orçamentos.