Diretor-geral da OMC mostra otimismo com o discurso de Bolsonaro
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) Roberto Azevêdo disse que, no seu ponto de vista, houve boa recepção do público após o presidente da República discursar no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Para o diretor-geral da OMC, “ao meu ver, a mensagem que o Brasil trouxe para o meio econômico e empresarial foi bem recebida pela comunidade, de uma maneira geral. Acho que foi um bom pontapé inicial”, afirmou ao SUNO Notícias.
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A opinião de Roberto Azevêdo é contrária ao ponto de vista geral dos participantes do Fórum.
Na véspera, o discurso de Jair Bolsonaro em Davos chamou a atenção pela brevidade. Chamado de “discurso relâmpago” pela Imprensa, Bolsonaro utilizou apenas 6 minutos dos 45 minutos a que tinha direito.
O vencedor do Nobel de Economia em 2013, o economista Robert Shiller, declarou que “Bolsonaro me dá medo […] O Brasil é um grande país e merece alguém melhor”, completou. A informação foi dada ao jornal “Valor Econômico”.
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Reforma da OMC
O diretor-geral foi questionado pelo SUNO Notícias se o Brasil encabeçará a reforma da OMC, assim como havia sido divulgado pela Imprensa. Em sua resposta, afirmou que “o processo de reforma da OMC está muito incipiente, essa conversa está começando”.
Azevêdo acrescentou que sexta-feira (25) haverá uma reunião com os ministros responsáveis pelos assuntos da OMC. A reformulação da Organização Mundial do Comércio deverá ser a principal pauta de debate.
“Eu acho que nós ainda estamos vivendo um momento pós G20. O G20 foi uma declaração política de compromisso com a reforma do sistema [comercial], da importância desse sistema. É um sistema que precisa responder aos desafios do mundo moderno, e, para ele fazer isso a contento, ele tem que ser aprimorado”, declarou Azevêdo.
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Para que seja concretizada a reforma do órgão, o diretor-geral acredita que há necessidade de que todos os países membros da organização contribuam com ideias, sugestões, e delimitação de prioridades.
Quanto ao tempo para serem implementadas as mudanças, Azevêdo estima que seja um processo envolvendo medidas de curto, médio e longo prazo, dependendo da urgência de implantação. “É um processo paulatino”, concluiu o diretor-geral da OMC.