As Olimpíadas de Tóquio terminaram com o saldo de melhor campanha da delegação brasileira em uma edição dos Jogos. O recorde de 21 medalhas conquistadas aumentou os prêmios: foram distribuídos R$ 4,6 mi, concedidos pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) às campeãs e campeões brasileiros.
A ginasta Rebeca Andrade, que deu show faturando um ouro no salto e uma prata na competição individual, recebeu sozinha boa parte do prêmio — R$ 400 mil. Rebeca, escolhida para carregar a bandeira do país na cerimônia de encerramento dos Jogos no Japão, recebeu R$ 250 mil pelo ouro e R$ 150 mil pela prata.
Esse era o prêmio estipulado pelo COB pelo primeiro e segundo lugares no pódio olímpico. O bronze deu bônus de R$ 100 mil a cada medalhista.
Em esportes coletivos, o prêmio para os laureados com ouro era de R$ 500 mil divididos entre esquipes com até seis integrantes — como a dupla de velejadoras Martine Grael e Kahena Kunzee, campeãs na classe na classe 49erFX — e R$ 750 mil para times com sete ou mais (caso do time de futebol masculino). A prata rendia R$ 150 mil e R$ 450 mil, e o bronze entre R$ 100 mil e R$ 300 mil.
As 21 medalhas conquistadas superaram o número obtido nos Jogos do Rio em 2016 — foi exatamente a mesma quantidade de ouros e pratas há cinco anos (sete ouros e seis pratas), mas dois bronzes a mais (oito a seis). O país ficou em 12º no quadro geral de medalhas.
Quanto cada medalhista faturou
Veja quanto cada medalhista acabou ganhando como prêmio pelas conquistas olímpicas:
Ganharam ouro e R$ 250 mil cada:
- Rebeca Andrade, da ginástica artística
- o surfista Italo Ferreira
- a dupla Martine Grael e Kahena Kunzee da vela
- Isaquias Queiroz, campeão da canoagem;
- o boxeador Hebert Conceição;
- a nadadora Ana Marcela, campeã da maratona aquática;
- O time de futebol masculino vai dividir R$ 750 mil pelo posto mais alto no pódio.
Faturaram prata, prêmio de R$ 150 mil:
- os skatistas Pedro Barros. Kelvin Hoefler e Rayssa Leal: cada um conquistou R$ 150 mil;
- a boxeadora Bia Ferreira Boxe também ficou com R$ 150 mil
- Rebeca Andrade, da ginástica artística
- O vôlei feminino leva R$ 450 mil para a equipe;
Ganharam bronze e, cada um, R$ 100 mil:
- os nadadores Bruno Fratus e Fernando Scheffer;
- o corredor Alison dos Santos, nos 400 m com barreira, do atletismo;
- Thiago Braz no salto com vara;
- Daniel Cargnin no judô até 66kg
- Mayra Aguiar no judô até 78 kg
- o boxeador Abner Teixeira
- as tenistas Laura Pigossie Luisa Stefani
Olimpíadas de Tóquio: grandes feitos
“Entregamos o que tínhamos como meta, que era superar o Rio 2016. Estar em 12° lugar no mundo, numa competição com 206 países, é um índice importante. Tenho convicção de que o trabalho foi feito com muito gosto, vontade e determinação. Entregamos o que tínhamos como meta, e estamos satisfeitos com o resultado”, disse o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, em entrevista coletiva.
Além de uma quantidade nunca antes vista, muitas das conquistas do Brasil representaram também feitos impressionantes ou inéditos.
- Rebeca Andrade, da ginástica artística, foi a primeira mulher brasileira a subir duas vezes no pódio em uma mesma Olimpíada (foi ouro no salto e prata no individual geral).
- A skatista Rayssa Leal, de 13 anos, se tornou a medalhista mais jovem da história olímpica do Brasil e a mais nova do mundo desde 1936. Ela foi prata na prova do street.
- O tênis, com a dupla formada por Luísa Stefani e Laura Pigossi, trouxe o bronze, primeira medalha olímpica da história da modalidade para o Brasil.
Em alguns casos, atletas brasileiros participaram de momentos memoráveis dos Jogos. Alison dos Santos conquistou o bronze nos 400 metros com barreiras, em uma prova em que os três primeiros colocados superaram o antigo recorde olímpico.
Investimento para a Missão Tóquio 2020
Segundo dados divulgados pelo COB, o investimento total para a Missão Tóquio 2020 ultrapassou os R$ 46 milhões.