As Olimpíadas de Inverno de Pequim acabam neste domingo (20) e, com o encerramento dos jogos, os 11 atletas brasileiros voltam para casa de mãos vazias.
Atletas olímpicos encaram desafios imensos para poder participar das Olimpíadas, a de inverno ou a de verão. Além do condicionamento físico, talento e disciplina, muitos deles enfrentam dificuldades financeiras.
A maioria depende de bolsas e patrocínios escassos para competir fora do país. Não consegue arcar com todos os custos de treinamento, equipamentos, despesas médicas, entre outras despesas. Diversos atletas acabam abrindo vaquinhas online, como GoFundMe.
Mas alguns competidores não precisam buscar campanhas desse tipo. Já consagrados, recebem salários muito acima da média e possuem patrocínios importantes e polpudos, entre outras fontes de recursos, como de publicidade. Podem receber, além do dinheiro para poder competir, uma bela recompensa por medalha conquistada. Mas quanto eles ganham se chegarem ao pódio? É o que você verá a seguir.
Brasil: atletas em 15 modalidades
Nesta edição, os 11 atletas do Brasil em Pequim competiram em cinco modalidades das 15 existentes. Foram seis atletas nos esportes de gelo, chamados skeleton e bobsled, e cinco nos de neve (esqui alpino, esqui estilo livre e esqui cross-country). As Olimpíadas de Inverno de 2022 marcaram a nona participação do Brasil: 35 atletas já competiram pelo país em diversas modalidades.
A delegação brasileira tem nomes experientes, como o de Jaqueline Mourão, mineira de 46 anos, alcançando a sua oitava participação nos jogos, sendo seis de inverno e dois de verão. A atleta participa da modalidade de esqui cross-country, junto a Bruna Moura e Manex Silva. Mourão é a atleta brasileira com mais participações em Jogos Olímpicos.
Outro atleta que carrega experiência nos Jogos é Jefferson Sabino. Em 2008, ele defendeu o Brasil no salto triplo. Atualmente, fez parte do time brasileiro de bobsled, que também conta com Erick Vianna, Edson Martins, Rafael Souza e Edson Bindilatti. Outros nomes da delegação são Nicole Silveira, do skeleton, Michel Macedo, do esqui alpino e Sabrina Cass, do esqui estilo livre.
Valores por medalha
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) reforçou ano passado os valores que cada medalhista ganha, reiterando que os valores também contam para a Olimpíadas de Inverno de 2022. Confira:
Valor individual:
- Medalha de ouro, R$ 250 mil
- Medalha de prata, R$ 150 mil
- Medalha de bronze, R$ 100 mil
Valor por equipe de até 6 atletas:
- Medalha de ouro, R$ 500 mil
- Medalha de prata, R$ 300 mil
- Medalha de bronze, R$ 200 mil
Valor por equipe de até 7 atletas ou mais:
- Medalha de ouro, R$ 750 mil
- Medalha de prata, R$ 450 mil
- Medalha de bronze, R$ 300 mil
Quais são os países que mais pagam seus atletas nas Olimpíadas de Inverno?
Entre os 91 países participantes das Olimpíadas de Inverno, alguns pretendem pagar um valor de bônus por medalha conquistada.
Os Estados Unidos, por exemplo, vão desembolsar aproximadamente US$ 37,5 mil por medalha de ouro conquistado por seus atletas. Para medalhas de prata, o valor é de US$ 22,5 mil e de bronze, US$ 15 mil. Os montantes não incluem os subsídios fornecidos pelo país, como seguro de saúde, que é financiado pelo Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA.
Mas os norte-americanos não são os que mais pagam. Países como Turquia e Hong Kong (que compete separado da China) oferecem valores perto do absurdo para os atletas que alcançarem os prêmios. Infelizmente, nenhum dos dois jamais conquistou medalhas.
De acordo com o americano Business Insider, Hong Kong está disposto a pagar US$ 641 mil para atletas que ganharem ouro. Já a Turquia quer distribuir moedas de ouro de 22 quilates para quem ficar em primeiro lugar nas modalidades, conforme decreto do governo turco. Cada moeda vale cerca de US$ 383 mil, e os atletas teriam ainda US$ 190 mil adicionais.
Em terceiro lugar, está a Malásia, que prometeu US$ 239 mil para atletas de sua delegação que ganhassem ouro, dentro do Programa de Incentivo ao Prêmio de Vitória Esportiva, que foi projetado para “agradecer aos atletas atuais por tornar o país famoso por suas realizações notáveis em jogos e torneios internacionais”.
É um número impressionante, considerando que a renda média anual da Malásia é de US$ 16.818, aproximadamente, conforme apuração do jornal. O país, assim como os dois anteriores, também nunca conquistou medalhas nas Olimpíadas de Inverno.
Outros países com menções honrosas são: Itália, que paga US$ 206 mil por cada medalha de ouro, tendo dois atletas que já conquistaram o primeiro lugar nas Olimpíadas de Inverno de Pequim deste ano, e Chipre, que premia US$ 168 mil pelo ouro.