Oi (OIBR3): Próximos leilões devem captar R$ 23 bilhões; ação sobe
A Oi (OIBR3) arrecadou R$ 1,3 bilhão no leilão de ativos realizado ontem, o que foi considerado como o primeiro passo real para o fim da recuperação judicial da companhia. No entanto, a grande expectativa agora é sobre os próximos leilões, que podem movimentar cerca de R$ 23 bilhões, de acordo com as estimativas da Oi divulgadas no último balanço. Por volta de 10h37, ação da empesa subia 0,95%, enquanto o Ibovespa subia 0,53%.
O certame de ontem incluiu a venda de ativos de torres e data center da companhia. As torres ficaram com a Highline, que fez uma oferta de R$ 1,067 bilhão, enquanto o data center ficou com a gestora de ativos Piemonte Holding, por R$ R$ 325 milhões. Curiosamente, o Pátria Investimentos chegou a se habilitar para a disputa das torres, mas entregou um envelope vazio, para a surpresa dos presentes.
Segundo apurou o SUNO Notícias, o valor arrecadado ontem não foi suficiente para deixar os executivos animados. Isso porque a situação da empresa só será sanada depois do leilão do ativo celular e de infra.
Mesmo assim, o leilão de ontem não deixa de ser uma boa notícia para a Oi, que entrou com o pedido de recuperação judicial no dia 20 de junho de 2016, à época com cerca R$ 65,4 bilhões em dívidas.
Oi detalhou próximos leilões
Ao divulgar os resultados do terceiro trimestre, a Oi detalhou suas expectativas para todos os leilões. Segundo a Oi, a empresa contava com, ao menos, R$ 26,9 bilhões de novos recursos com os leilões judiciais, sendo:
- R$ 1,067 bilhão referente a torres, em 26 de novembro (realizado ontem).
- R$ 325 milhões referentes a data centers, em 26 de novembro (realizado ontem).
- R$ 16,5 bilhões relativos à operação móvel, em 14 de dezembro, cujo primeiro investidor também foi definido. (A empresa recebeu proposta vinculante das operadoras Claro, TIM Brasil e Telefônica)
- R$ 6,5 bilhões (mínimo em dinheiro) referente à companhia de fibra InfraCo, mais assunção de R$ 2,4 bilhões de dívida com a Oi.
A Oi foi formada a partir da Telemar em 1998. Até 2010, a companhia passou a comprar concessionários menores pelo Brasil, quando era considerada a empresa que seria uma espécie de “supertele nacional”. No ano seguinte, a Portugal Telecom entrou no chamado grupo de controle da Oi. Em 2013, a Oi realizou uma fusão com a Portugal Telecom.