A Oi (OIBR3) protocolou, na Justiça do Rio de Janeiro, uma proposta adicional ao plano de Recuperação Judicial que foi solicitado em 2016. A medida foi tomada na última segunda-feira (15) e visa reorganizar e simplificar o grupo Oi para garantir a sustentabilidade da empresa.
A chamada “proposta de aditamento” da Oi tem como objetivo alterar tanto a organização do ponto de vista operacional quanto do societário. A empresa quer, com este aditamento, acessar o mercado financeiro para conseguir recursos a ponto de poder equilibrar suas dívidas.
“O Aditamento ao PRJ [plano de Recuperação Judicial] ainda será submetido à votação em Assembleia Geral de Credores (“Nova AGC”) e, posteriormente, à homologação pelo Juízo da RJ, podendo, portanto, sofrer ajustes nos seus termos e condições e nas medidas nele previstas”, destacou a companhia em comunicado.
Entre outros objetivos, a Oi irá buscar a possibilidade de formação de unidades produtivas isoladas (“UPIs”), que consiste na divisão de determinados negócios e ativos do Grupo Oi. Segundo a empresa, isso poderia “garantir a maximização do seu valores e a geração dos recursos necessários para o pagamento de credores concursais e das obrigações das Recuperandas”.
Com as possíveis novas medidas que serão tomadas pela Oi, a companhia também tem como intuito permitir “a contratação de financiamentos e outras formas de captação adicionais pelas Recuperandas, para manutenção dos investimentos necessários e pagamento dos seus credores”.
Prejuízo da Oi no primeiro trimestre de 2020
A Oi divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre deste ano e apresentou um prejuízo líquido consolidado de R$ 6,25 bilhões no período. No mesmo intervalo do ano passado, a companhia registrou lucro de R$ 679 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado da Oi ficou em R$ 1,53 bilhão, o que representa uma queda de 5,8% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado e uma alta de 8,4% em relação ao último trimestre de 2019.