A Oi (OIBR3; OIBR4) estabeleceu um valor mínimo de R$ 20 bilhões para a venda de sua unidade de fibra óptica. A informação foi dita nesta sexta-feira (14), pelo presidente da tele, Rodrigo de Abreu, em teleconferência com analistas.
O executivo afirmou também que a companhia tem como objetivo leiloar essa unidade, denominada InfraCo, no primeiro trimestre do ano que vem. Além disso, a venda deve ser concluída até setembro de 2021. A Oi está se desfazendo de seus ativos para poder gerar caixa e sair da recuperação judicial, que se encontra, até maio de 2022.
Em fato relevante enviado ao mercado, a Oi informou que o aumento no valor da InfraCo aconteceu devido a “ampla demanda pelo ativo”. Os interessados no ativo terão que assumir compromisso do pagamento de uma parcela primária de R$ 5 bilhões e de uma secundária de R$ 6,5 bilhões, que servirão para garantir o pagamento de R$ 2,42 bilhões em dívidas da tele.
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O valor mínimo de venda da InfraCo é maior do que o da unidade de ativos móveis da Oi, que foi oferecido pelo preço mínimo de R$ 15 bilhões.
Prejuízo bilionário da Oi no 2T20
A Oi teve um prejuízo de R$ 3,493 bilhões no segundo trimestre deste ano. O valor é 104,4% maior do que o resultado negativo apresentado no mesmo período de 2019. As informações foram divulgadas pela tele na madrugada desta sexta-feira (14).
A receita líquida da tele, que se encontra em Recuperação Judicial, ficou em R$ 4,544 bilhões, valor 10,8% menor do que o registrado no mesmo intervalo do ano passado. A queda nos números, segundo a Oi, aconteceu em decorrência da pandemia de coronavírus. “A queda mais acelerada se deu, principalmente, pelos efeitos da pandemia de COVID-19 e as políticas de confinamento adotadas no Brasil, mas reflete também a estratégia da Oi de desinvestimento nos serviços legados (cobre e DTH) nos segmentos Residencial e B2B, sendo parcialmente compensada pela expansão dos serviços com perfil de crescimento de receita – Fibra, TI e pós pago”, informou a companhia.