Oi (OIBR3): Tim, Claro e Vivo ensaiam reação à oferta da Highline, diz jornal
A companhias TIM, Claro e Vivo estão planejando uma nova oferta pela operação móvel da Oi (OIBR3), de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (24) pelo jornal “O Globo”. A reação acontece após a Highline, controlada da Digital Colony, fazer uma oferta superior à mínima estabelecida pela tele brasileira, de R$ 15 bilhões. Pessoas próximas ao assunto esperam que uma potencial nova proposta possa ocorrer no dia do leilão, que ainda não tem data para acontecer.
A estratégia da americana Highline, que fechou um acordo de exclusividade na negociação da operação móvel da Oi, é obter a operação da tele, que está em recuperação judicial, como um todo. Após isso, a empresa deverá revender a carteira de clientes para outra operadora.
Em matéria publicada na última quinta-feira (23), o SUNO Notícias obteve a informação de que o grande interesse da Highline é a infraestrutura da Oi. Isso explica a oferta de aproximadamente R$ 1,07 bilhão somente pelas torres da companhia. Atualmente, a empresa americana não possui nenhuma torre no País e deve buscar essa infraestrutura da Oi.
“No mundo inteiro essas empresas [de telefonia] estão transferindo a infraestrutura, como as torres, por exemplo, para empresas independentes. Isso otimiza o investimento e facilita o licenciamento das operadoras”, afirmou uma fonte, próxima ao assunto, ao SUNO Notícias.
A Highline deverá formar uma rede neutra, onde a empresa alugará a capacidade dessas torres com contratos de longo prazo para as três maiores operadoras que também estão na briga pelos ativos móveis da Oi: Claro, Vivo e TIM.
Com a vantagem que a Highline possui, entretanto, a empresa já sai na frente na corrida pelos ativos da tele. “O que eu vejo de vantagem da Highline entrar como stalking horse [na negociação por ativos da Oi] é que, se outros vierem a oferecer lances, ela pode cobrir, além de ter o poder da decisão, pois as outras terão problema no Cade”, afirmou a fonte.
