A Oi (OIBR3) registrou prejuízo consolidado de R$ 4,8 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Esse valor corresponde a uma alta de 86,4% na comparação com o mesmo período no ano passado, quando havia registrado prejuízo de R$ 2,5 bilhões.
De acordo com o documento, o resultado deste trimestre da Oi ficou muito abaixo do que o mercado esperava, um prejuízo de R$ 1,1 bilhão. O prejuízo maior foi impactado pelos seguintes fatores:
- pela variação cambial e os períodos de valorização do dólar ao longo do trimestre tendo em vista que uma parcela da dívida total é em moeda estrangeira;
- pelo aumento dos juros e da inflação no Brasil impactando com um aumento do CDI e, portanto, juros maiores nas dívidas atreladas ao real
- depreciação cambial sobre passivos onerosos (contratos de transmissão de dados por cabos submarinos e satélites) mais variação monetária sobre contingências
Apesar do prejuízo, a Oi apresentou resultado em linha com esperado do mercado, em termos de receita e Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
A receita líquida consolidada da empresa foi de R$ 4,52 bilhões, pouco abaixo (-3,9%) do valor apurado um ano antes, de R$ 4,706 bilhões.
A receita líquida das operações brasileiras totalizou R$ 4,46 bilhões, queda de 4,0% em relação ao terceiro trimestre de 2020. A receita líquida das operações internacionais (África e Timor Leste) totalizou R$ 57 milhões, queda de 1,9% em relação ao apurado um ano antes. A receita líquida das operações continuadas no Brasil totalizou R$ 2,223 bilhões no trimestre, queda de 2,7% na comparação com um ano antes.
Já o Ebitda somou R$ 1,398 bilhão entre julho e setembro, montante 5,86% menor que o apurado no mesmo período do ano passado.
Na análise da Genial Investimentos, apesar de bons números operacionais, a Oi é lembrada pelos seus fortes passivos carregando uma grande dívida que pesa nos fortes valores do resultado financeiro culminando em prejuízos significativos.
“Por causa disso, o resultado deste trimestre pode ser interpretado como negativo para a companhia, que melhora operacionalmente mas não soluciona seu principal problema: a grande dívida. Neste contexto, observamos um risco considerável de execução o que reitera neste momento nossa recomendação de manter”. A casa de análise recomenda manter ativo, com preço-alvo de R$ 1,20, potencial de valorização de 17,65%”
A dívida líquida da Oi, que está em recuperação judicial, encerrou o 3º trimestre em R$ 29,899 bilhões, alta de 40,7% em um ano e aumento de 16,4% frente ao segundo trimestre.
Última cotação da Oi
Na última sessão, quarta-feira (10), a Oi encerrou o pregão em queda de 3,77%, negociada a R$ 1,02.