Ícone do site Suno Notícias

Oi (OIBR3) tem prejuízo de R$ 4,8 bilhões no 3T21, alta de 86,4%

Oi. Foto: Divulgação

Oi. Foto: Divulgação

A Oi (OIBR3) registrou prejuízo consolidado de R$ 4,8 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Esse valor corresponde a uma alta de 86,4% na comparação com o mesmo período no ano passado, quando havia registrado prejuízo de R$ 2,5 bilhões.

De acordo com o documento, o resultado deste trimestre da Oi ficou muito abaixo do que o mercado esperava, um prejuízo de R$ 1,1 bilhão. O prejuízo maior foi impactado pelos seguintes fatores:

  1. pela variação cambial e os períodos de valorização do dólar ao longo do trimestre tendo em vista que uma parcela da dívida total é em moeda estrangeira;
  2. pelo aumento dos juros e da inflação no Brasil impactando com um aumento do CDI e, portanto, juros maiores nas dívidas atreladas ao real
  3. depreciação cambial sobre passivos onerosos (contratos de transmissão de dados por cabos submarinos e satélites) mais variação monetária sobre contingências

Apesar do prejuízo, a Oi apresentou resultado em linha com esperado do mercado, em termos de receita e Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

A receita líquida consolidada da empresa foi de R$ 4,52 bilhões, pouco abaixo (-3,9%) do valor apurado um ano antes, de R$ 4,706 bilhões.

A receita líquida das operações brasileiras totalizou R$ 4,46 bilhões, queda de 4,0% em relação ao terceiro trimestre de 2020. A receita líquida das operações internacionais (África e Timor Leste) totalizou R$ 57 milhões, queda de 1,9% em relação ao apurado um ano antes. A receita líquida das operações continuadas no Brasil totalizou R$ 2,223 bilhões no trimestre, queda de 2,7% na comparação com um ano antes.

Já o Ebitda somou R$ 1,398 bilhão entre julho e setembro, montante 5,86% menor que o apurado no mesmo período do ano passado.

Na análise da Genial Investimentos, apesar de bons números operacionais, a Oi é lembrada pelos seus fortes passivos carregando uma grande dívida que pesa nos fortes valores do resultado financeiro culminando em prejuízos significativos.

“Por causa disso, o resultado deste trimestre pode ser interpretado como negativo para a companhia, que melhora operacionalmente mas não soluciona seu principal problema: a grande dívida. Neste contexto, observamos um risco considerável de execução o que reitera neste momento nossa recomendação de manter”.  A casa de análise recomenda manter ativo, com preço-alvo de R$ 1,20, potencial de valorização de 17,65%”

A dívida líquida da Oi, que está em recuperação judicial, encerrou o 3º trimestre em R$ 29,899 bilhões, alta de 40,7% em um ano e aumento de 16,4% frente ao segundo trimestre.

Última cotação da Oi

Na última sessão, quarta-feira (10), a Oi encerrou o pregão em queda de 3,77%, negociada a R$ 1,02.

Sair da versão mobile