Oi (OIBR3) suspende projeções após mudanças no cenário macroeconômico; entenda
A Oi (OIBR3) suspendeu, na noite desta segunda-feira (16), as projeções (guidances) divulgadas no dia 19 de julho de 2021. Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) a decisão se deve às mudanças no cenário macroeconômico e a “consequente contrapartida no ambiente competitivo e nas necessidades de financiamento”.
Além disso, as projeções divulgadas pela Oi no dia 31 de dezembro, em que citava um blowout [venda relâmpago de todas as ações em uma oferta de valores] em discussões com credores, não devem ser consideradas como guidance.
“Essas projeções assumem premissas da negociação com os credores, conforme os termos da proposta apresentada no material, e os indicadores financeiros e operacionais divulgados poderiam ser objeto de revisão de acordo com o próprio resultado dessa discussão”, afirma o comunicado.
Oi planeja cisão após fim da recuperação judicial
Com o fim do processo de recuperação judicial da Oi, a companhia estuda separar as operações da Oi Fibra em uma nova empresa independente, batizada temporariamente como ClientCo. O projeto prevê que o “filé” do grupo seja desmembrado, enquanto o “osso” segue dentro da companhia.
De acordo com fontes do jornal O Estado de São Paulo, a iniciativa abrigará os ativos da Oi Fibra, que são a base de clientes, canais de comunicação, venda e atendimento e os sistemas para a prestação do serviço de banda larga.
A cisão na Oi pretende abrir caminho para que essa unidade receba investimentos e expanda as operações com mais intensidade.
Para isso, estão na mesa possibilidades como a atração de sócios, abertura de capital na Bolsa e/ou participações em fusões e aquisições. Assim, a Oi ficaria com 70% de participação da ClientCo.
Enquanto o “filé” pode alcançar voos mais altos, o “osso” permaneceria dentro da Oi neste desenho: a unidade responsável pela telefonia fixa, TV por assinatura e as subsidiárias de manutenção de redes e call center.
Cotação nesta segunda-feira
As ações da Oi fecharam o pregão desta segunda-feira com queda de -6,50%, com papéis cotados a R$ 1,15. No acumulado dos últimos 12 meses, os ativos têm desvalorização de 85,06%.