Oi (OIBR3) prevê aprovação da venda de ativos até o 1º trimestre de 2022

O presidente da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, está confiante em relação à aprovação dos processos das vendas de ativos que estão no momento sendo analisados pelos órgãos reguladores. O presidente acredita que as aprovações podem sair ainda este ano ou no começo de 2022.

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O presidente da Oi explicou que o primeiro processo – que envolve a criação da V.tal (antiga InfraCo) – necessita de aprovações no Brasil e no exterior. No país, o andamento da venda da unidade de fibra ótica da Oi para os fundos geridos pelo BTG Pactual (BPAC11) já foi aprovado pelo Conselho de Administração Econômica (Cade), agora só falta o aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que já sinalizou a recomendação de aprovação da compra.

No exterior, os órgãos reguladores dos Estados Unidos precisam aprovar a incorporação da Globonet, uma necessidade que não tem a ver com operação básica da venda do controle, mas da empresa resultante.

“O leilão do 5G acabou colocando um alongamento no prazo na aprovação da agência, mas basicamente esse processo deverá ser resolvido em 2021, caso contrário no início de 2022, sem nenhuma dúvida. Eu digo comecinho mesmo, começo de janeiro esse processo deve ser completamente aprovado”, disse o presidente durante uma live do BTG Pactual.

Já no caso da venda da operação móvel da Oi,  que chama atenção do mercado devido à recomendação de aprovação do Cade mas com remédios, Abreu também está confiante. Isso porque foram recomendados remédios comportamentais e não estruturais, o que significa que a operação não muda. No momento, falta o aval final da autarquia, mas Abreu acredita que final de janeiro ou início de fevereiro seja aprovado.

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“Até porque, do ponto de vista formal o Cade tem apenas até o dia 9 de fevereiro para deliberar sobre a operação, essa é uma data limite. Ela demorou bastante por conta de toda a discussão que houve na Superintendência, uma discussão muito longa em função do caso, até mesmo da necessidade de entender as complexidades, como a concentração de frequências.”

De todo os processos que estão rolando, a pior hipótese levantada pela a Oi seria um prazo maior para a aprovação. “Nós sabemos e temos muita confiança no mérito dessa operação e de como ela foi proposta. Então na pior das hipóteses, nós teríamos uma aprovação na data regulamentar que seria no dia 9 de fevereiro, pode ser que seja feita antes disso. Mas essa é pior das hipóteses.”

Saída da Oi da recuperação judicial “só” depende das aprovações, diz Abreu

O fim da recuperação judicial (RJ) estava previsto para se encerrar em outubro, mas foi adiado pela justiça, passando a previsão para 30 de março de 2022. Isso porque é fundamental concluir a venda dos ativos da Oi antes. A RJ é considerada uma medida extrema, que em muitos casos pode ser o último recursos para evitar falência da companhia.

“Como essas duas operações passaram para o primeiro trimestre de 2022, o juiz decidiu postergar a data, ainda dentro do que havia sido aprovada com os credores. A saída está prevista para final de março, mas obviamente, sempre pendente de possível extensão, caso tenha algum pequeno atraso na aprovação das operações. O vínculo hoje da RJ é com o fechamento das duas operações”, disse Abreu.

Em junho de 2016, era o maior pedido de recuperação judicial já feito no país, com dívidas que chegavam a R$ 65,4 bilhões. Cinco anos depois, a Oi tem uma dívida líquida de R$ 21,8 bilhões, com projeção de cair a R$ 14 bilhões em 2024. Mas nesse período, a receita também encolheu, de R$ 26 bilhões para R$ 18,8 bilhões; e o prejuízo aumentou, de R$ 8,2 bilhões para R$ 10,5 bilhões, no ano passado.

Portanto, a saída da Oi da recuperação judicial sem decretar falência está nas mãos do Cade e da Anatel, que precisam aprovar a venda do controle da InfraCo, unidade de fibra ótica, e dos ativos móveis ao consórcio TIM (TIMS3)Vivo (VIVT3) e Claro.

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Poliana Santos

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