Oi (OIBR3) reverte lucro bilionário e tem prejuízo de R$ 321 milhões no 2T22

A Oi (OIBR3) teve prejuízo líquido de R$ 321 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), revertendo o lucro de R$ 1,13 bilhão vistos em igual período do ano anterior.

Veja o resumo de mercado desta quinta-feira (11/08)

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Resultado da Oi foi divulgado ao fim desta quinta-feira (11), após o fechamento do pregão, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina foi de R$ 388 milhões no 2T22, ante R$ 1,28 bilhão vistos em igual etapa de 2021, representando uma queda de cerca de 70% no comparativo anual.

A receita líquida da companhia de telecomunicações foi de R$ 2,77 bilhões no segundo trimestre deste ano, ante R$ 4,38 bilhões registrados ao fim do segundo trimestre de 2021, representando uma queda de cerca de 37%.

No comparativo com o trimestre anterior, a queda da receita é de 37,3%, dados os R$ 4,415 bilhões registrados no balanço do 1T22.

A dívida líquida da companhia fechou o mês de junho em R$ 16,12 bilhões, reduzindo os R$ 25,9 bilhões vistos ao fim do segundo trimestre de 2021 e os R$ 31,42 bilhões do fim de março deste ano.

A margem Ebitda da Oi foi de 14% neste segundo trimestre, ante 29,3% em igual período de 2021.

Segundo o balanço da Oi no 2T22, foram R$ 5,031 bilhões em caixa disponível no fim de junho, cifra 47% maior do que o que foi visto no fim do 2T21 e 153% maior do que o caixa disponível ao fim de março deste ano.

“A Companhia continuou direcionando esforços para reforçar seus modelos de política de crédito, que começaram a ter resultados no 2T22, com uma redução do nível de churn, com maior impacto na linha de churn involuntário (-0,4 p.p. em relação ao trimestre anterior). Esse incremento de base vem associado com aumento de ARPU, já que a Companhia vem traçando estratégias como o modelo de precificação por cidades, incremento de velocidades e diferenciação de oferta, com a venda de novos serviços de valor agregado”, disse a Oi, em seu balanço.

A empresa destaca que terminou o segundo trimestre com 3.678 mil casas conectadas com Fibra.

” As adições líquidas de HCs totalizaram 144 mil acessos no 2T22 (86% das adições foram de clientes residenciais). Nos últimos 12 meses foram adicionadas 839 mil HCs. As receitas ligadas aos serviços de Fibra encerraram o 2T22 em R$ 958 milhões (+4,9% no comparativo trimestral e +38,7% no comparativo anual)”, diz a companhia.

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O que era esperado da Oi no 2T22

O BTG Pactual (BPAC11), sem cravar previsões exatas sobre o resultado do 2T22 da Oi, afirmou que a empresa está seguindo em linha com o planejamento estratégico, que visa a saída da tele do status de recuperação judicial.

Isso, por conta da proposta no valor de R$ 1,697 bilhão por parte de uma afiliada da Highline para compra de 8 mil sites de infraestrutura de telecomunicações da operação fixa, sendo o total de R$ 1,1 bilhão a ser recebido na data de fechamento da transação e R$ 600 milhões até 2026.

Segundo a casa, o modelo que seria utilizado no negócio seria de “sale-leaseback”, ou seja: a Oi, a partir do momento da venda, arrendará de volta esses sites da Highline para fornecer seus serviços de linha fixa.

Porém, até então a empresa não deu muitas informações sobre as condições de pagamento dos R$ 600 milhões a serem recebidos em 2026. “Acreditamos que isso esteja relacionado ao fim da concessão”, diz o BTG.

“Como esses ativos referem-se à operação de telefonia fixa (STFC), para a qual a Oi tem uma concessão que vai até 2025, a segunda parcela provavelmente está relacionada às métricas de receita que a Highline receberá após o término da concessão”, seguem os analistas.

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Eduardo Vargas

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