A Oi (OIBR3), que solicitou recentemente à Justiça uma nova recuperação judicial, teve seu pedido aceito nesta quinta-feira (17).
Segundo comunicado pela companhia de telecomunicações na madrugada desta sexta (17), o Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro deferiu o processamento do pedido de recuperação judicial da Oi.
O plano de recuperação judicial deve ser apresentado em cerca de 60 dias.
Além disso, foram determinados os administradores judiciais: Wald Administração de Falências e Empresas em Recuperação Judicial e K2 Consultoria Econômica.
“A Oi reafirma a sua confiança de que, com o apoio de seus credores financeiros, com os quais chegou a um acordo sobre os principais termos comerciais para a restruturação de suas dívidas financeiras e um financiamento de longo prazo a ser concedido para suportar suas operações de curto prazo e considerando sua capacidade operacional e comercial, será bem-sucedida na proposição e pré-aprovação de um plano de recuperação judicial que permita a busca de sua sustentabilidade de longo prazo, no melhor interesse de todos os seus stakeholders”, diz o comunicado da empresa.
Juntamente com o deferimento, ficou determinada a suspensão do curso da prescrição das obrigações, bem como a suspensão das execuções ajuizadas pelos credores particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à Recuperação Judicial.
Os protestos e inscrições nos órgãos de proteção ao crédito também foram suspensos pelo prazo de 180 dias, contados da data decisão que concedeu a tutela cautelar antecedente.
Por fim, com a recuperação judicial da Oi fica proibida qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens da companhia.
A manutenção das fianças judiciais e dos seguros garantia judiciais prestados por terceiros também foi decidida a favor da Oi.
Desempenho das ações da Oi
As ações da Oi somam uma queda de mais de 17% nos últimos cinco dias. No ano, o papel soma uma baixa de 23%.