Enquanto a Oi (OIBR3) não decide se entrará novamente em recuperação judicial, a empresa estendeu o período de negociação com os seus credores. De acordo com informações divulgadas nesta terça (7), a companhia tem 30 dias para definir qual será o seu próximo caminho.
Segundo a apuração do Estadão/Broadcast, o alto escalão da Oi ainda não definiu o momento em que encaminhará o pedido à Justiça.
A empresa de telecomunicações tem buscado manter as negociações com os credores para conseguir chegar a um acordo de refinanciamento das dívidas. O desenrolar dessas conversas será o termômetro dos próximos passos da Oi.
Na última semana, a empresa conseguiu uma proteção jurídica que suspende pagamentos a credores e impede execuções de cobrança por um prazo de 30 dias. Na petição, os advogados classificaram a situação financeira da Oi como “insustentável”.
A companhia tem R$ 29,7 bilhões em dívidas financeiras. Caso não haja um acordo entre os credores, a Oi não terá alternativa a não ser pedir um segundo processo de recuperação judicial.
A recuperação judicial da Oi foi finalizada em dezembro, mas não conseguiu sanar os problemas financeiros da companhia.
Crise na Oi
Além da proteção jurídica contra os credores, a tele protagoniza outro imbróglio atualmente. A pedido dos acionistas Templo Capital, Victor Adler e VIC DTVM, foi convocada uma assembleia geral extraordinária para 6 de março.
Entre as pautas da assembleia, estão pedidos para a destituição do atual Conselho de Administração companhia e a mudança no número de integrantes desta equipe do alto escalão: de sete para nove membros titulares.
No Ibovespa hoje desta terça (7), as ações da Oi eram negociados em alta de 4%, ao preço de R$ 1,30, por volta das 13h.
Mesmo após o grupamento, como o valor das ações da Oi é baixo, qualquer variação positiva ou negativa torna-se acentuada em valores percentuais.