A gestora de private equity norte-americana Digital Colony realizou uma oferta pela unidade de telefonia móvel da Oi (OIBR3), segundo disseram duas fontes familiarizadas com o assunto à agência “Reuters”.
A gestora está interessada nos ativos de rede móvel da Oi, e não necessariamente em fornecer serviços de telecomunicações diretamente aos clientes, informaram as fontes. A Digital Colony é uma empresa voltada para investimentos em infraestrutura digital, com ativos no Canadá, América Latina e na Europa.
Conforme informações noticiadas pela agência, a gestora pode procurar parcerias com outras empresas de telecomunicações para oferecer serviços utilizando a infraestrutura adquirira da Oi. Nesse cenário, a norte-americana ainda poderia vender alguns ativos comprados, afirmou uma das fontes.
A Digital Colony, que possui cerca de US$ 20 bilhões (equivalente a R$ 102,3 bilhões) em ativos sob gestão, já mantém conversas com um desses potenciais parceiros, a Algar Telecom, sobre a possibilidade de um acordo, declararam as fontes.
A empresa de private equity, que no início de 2020 procurava levantar um novo fundo de bilhões de dólares, já dispõe de uma empresa de soluções de infraestrutura para a indústria de telecomunicações no Brasil, a Highline do Brasil.
Não ficou claro se a gestora realizou uma oferta pelos ativos da Oi diretamente ou por meio da Highline, adquirida pelo fundo em 2019 da gestora Patria Investimentos.
Oi recebe ofertas vinculantes por ativos móveis
A Highline entregou uma proposta vinculativa para comprar a unidade de torres de telefonia da operadora brasileira por R$ 1,08 bilhão na última sexta-feira (17). A empresa de telecomunicações também confirmou o recebimento de duas outras ofertas vinculantes para seus ativos móveis no mesmo dia.
Além da Digital Colony, as operadoras TIM (TIMP3), Telefônica Brasil (VIVT4) e Claro também fizeram uma proposta conjunta.
Saiba mais: Oi (OIBR3) confirma recebimento de propostas vinculantes por operação móvel
A Oi, que estabeleceu para seus ativos móveis o preço mínimo de R$ 15 bilhões, planeja utilizar os recursos da venda de ativos para financiar infraestrutura de fibra óptica e banda larga, assim como para pagar suas dívidas, como parte da estratégia para reestruturação financeira.