Oi (OIBR3) se aproxima de quitar dívida de US$ 135 milhões em plano de recuperação judicial
A Oi (OIBR3) anunciou ao mercado nesta sexta (17) que realizou o pagamento da quarta parcela do empréstimo ponte estabelecido no Plano de Recuperação Judicial (PRJ) da empresa.
Conforme o comunicado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o empréstimo foi efetivado nesta sexta (17) totalizando até o momento US$ 133.741.729,51 dos US$ 135.796.059,00 previstos (aproximadamente R$ 694 milhões) no acordo com os Credores Financeiros signatários do Note Purchase Agreement original.
A companhia de telecomunicações divulgou que o restante do valor será liberado ainda hoje.
O empréstimo da Oi foi feito na modalidade DIP (sigla em inglês para “Debtor in Possession”) – tipo de empréstimo feito para companhias em recuperação judicial, com a finalidade de cobrir os desfalques no fluxo de caixa.
Em meados de abril a companhia já havia sinalizado que esse empréstimo seria captado junto, preferencialmente, aos credores originais.
A Oi ainda deve captar um financiamento de US$ 655 milhões (R$ 3,34 bilhões no câmbio atual) com credores, conforme as cláusulas previstas no plano.
Do montante total, até US$ 505 milhões devem ser concedidos pelo credor Ad Hoc Group.
Com isso, uma cifra de US$ 150 milhões deve ser providenciada por outra organização, possivelmente a V. Tal.
Oi aprova grupamento de ações 10 para 1: veja como calcular quantos papéis você terá na carteira
Os acionistas da Oi aprovaram em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) a proposta de grupamento da totalidade das ações ordinárias e preferenciais de emissão na proporção de 10:1.
Dessa forma, acionistas com ações OIBR3 e OIBR4 poderão notar uma mudança no seu volume de ativos na carteira de ações a partir do dia 17 de junho.
O grupamento de ações da Oi tem por objetivo principal o enquadramento da cotação das ações de emissão da empresa em valor igual ou superior a R$ 1,00 por unidade. O valor equivale ao mínimo exigido pelo regulamento de listagem da Brasil, Bolsa, Balcão (B3), a bolsa de valores brasileira.
Com o grupamento, as ações da Oi também voltarão a atendar um dos critérios para que sejam elegíveis à composição de índices de mercado, como o índice Bovespa da B3 (B3SA3).
O grupamento de ações será realizado na proporção de 10:1, de forma que cada lote de 10 ações de cada espécie será grupado em uma única ação da mesma espécie.
Assim, o investidor com 100 ações da OIBR3 ou OIBR4 passará a deter 10 ações da companhia, com o valor atualizado do papel. Um investidor com 2500 ações da Oi terá 250 ações e assim por diante, seguindo a proporção 10:1.
As ações de emissão da Companhia negociadas na forma de American Depositary Shares (ADSs) não farão parte da mudança, de forma que as paridades dos ADSs com as ações locais sofrerão um ajuste.
Como consequência, cada ação ordinária passará a representar 20 ADSs ON (1 ON: 20 ADSs ON), enquanto uma ação preferencial será equivalente a 100 ADSs PN (1 PN: 100 ADSs PN), sendo ON as ações ordinários e PN as preferenciais, relativas aos ticker de ações OIBR3 e OIBR4 respectivamente.
Ainda na AGE, foi aprovada a alteração da representação do capital social da companhia, respectivo às novas proporções.
O capital social da Oi passa a ser representado por 66.030.374 ações, sendo 64.453.102 ordinárias (ON: OIBR3) e 1.577.272 preferenciais (PN: OIBR4), todas nominativas e sem valor nominal de emissão.