A Oi (OIBR3) teve prejuízo líquido de R$ 2,638 bilhões no terceiro trimestre de 2020, atenuando em 54% as perdas de R$ 5,74 bilhões vistas um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de Rotina foi de R$ 1,46 bilhão, alta anual de 6,4%. Já a margem Ebitda passou de 27,5% para 31,1%.
A receita líquida total da companhia atingiu R$ 4,7 bilhões, recuo de 5,9%.
A dívida líquida da Oi chegou a R$ 21,243 bilhões ao final do terceiro trimestre, aumento de 44% em comparação com a dívida líquida de R$ 14,713 bilhões apurada um ano antes.
Segundo a empresa, a exposição da dívida à moeda estrangeira é de 65% da dívida total. Com isso, a desvalorização do real frente ao dólar explica parte do aumento. O desembolso da debênture da Oi Móvel, em janeiro de 2020, que somou R$ 3,758 bilhões, também explica o resultado.
Já o resultado financeiro líquido da Oi foi negativo em R$ 2,325 bilhões no trimestre.
De acordo com o release de resultados, a Oi manteve o Capex elevado e pagou obrigações pontuais do plano de recuperação judicial, o que também explica a alta da dívida.
Oi detalha recursos provenientes de leilões judiciais
O caixa disponível somou R$ 5,686 bilhões no final do trimestre. Segundo a Oi, a empresa conta com, ao menos, R$ 26,9 bilhões de novos recursos com os leilões judiciais, sendo:
- R$ 1,067 bilhão referente a torres, em 26 de novembro, com o “stalking horse” definido. A expressão stalking horse significa que um investidor já fez a primeira proposta.
- R$ 325 milhões referentes a data centers, em 26 de novembro, também com stalking horse definido.
- R$ 16,5 bilhões relativos à operação móvel, em 14 de dezembro, cujo primeiro investidor também foi definido.
- R$ 6,5 bilhões (mínimo em dinheiro) referente à companhia de fibra InfraCo, mais assunção de R$ 2,4 bilhões de dívida com a Oi.
A empresa, que está em recuperação judicial, está procurando a venda de ativos para sanar a sua dívida.