A Oi (OIBR3), em recuperação judicial, registrou prejuízo de R$ 3,50 bilhões no primeiro trimestre de 2021. Esse valor representa recuo de 44,2% na comparação com o mesmo período no ano anterior, quando havia registrado prejuízo de R$ 6,28 bilhões. Os dados são atribuídos aos acionistas controladores.
A receita líquida da operadora totalizou R$ 4,4 bilhões, ante R$ 4,7 bilhões nos primeiros três meses do ano passado, portanto, queda de 6,2%. Na análise da Oi, as medidas restritivas, em função da piora do cenário da covid-19, tiveram impacto nas operações do primeiro trimestre, “interrompendo a sequência dos últimos dois trimestres em que a companhia apresentou crescimento sequencial de receita”.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,1 bilhão, recuo de 25,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2020, quando havia registrado R$ 1,5 bilhão.
Segundo o documento, essa queda no Ebitda é explicada quase que integralmente pela redução da receita, principalmente como reflexo da segunda onda da pandemia, em especial no segmento móvel pré-pago, que compõe as receitas descontinuadas, e no segmento corporativo.
A dívida líquida da companhia avançou 38,8%, para R$ 25,1 bilhões. “A elevação da dívida é decorrente, principalmente, da desvalorização do Real versus o Dólar, de 9,6% no período”.
A Oi a encerrou o trimestre com caixa consolidado de R$ 3 bilhões, uma redução de 33,5% em relação ao quarto trimestre de 2020 e de 52,0% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Oi manteve expansão de fibra no 1T21
No primeiro trimestre, a companhia manteve a expansão da rede e acessos de fibra ótica (FTTH), atualmente seu principal foco de negócio, encerrando o período com 10,5 milhões de casas passadas com fibra (HP’s) e adicionando 1,4 milhão de HP’s à sua base nos últimos três meses.
As adições líquidas de FTTH foram 367 mil clientes (sendo 343 mil no segmento residencial), isso representa uma média mensal de 122 mil novos clientes por mês.
A Oi finalizou o trimestre com cerca de 2,5 milhões de casas conectadas (HC’s) à fibra (sendo 2,3 milhões no segmento residencial), alcançando uma taxa de ocupação de 23,5%. Segundo a operadora, este patamar é superior ao esperado no plano estratégico de 2019 para o final de 2021.
“A companhia segue monitorando constantemente a evolução dos investimentos de fibra e continua ampliando suas iniciativas de instalação, suporte, vendas e marketing”, informou o documento da Oi.