O próximo passo da Oi (OIBR3) é ratificar o novo plano de recuperação judicial pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
O plano de recuperação judicial da OI foi aprovado em Assembleia Geral de Credores (AGC) na semana passada, após consecutivos adiamentos e alterações.
Agora, é aguardada a homologação do Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca na capital do Estado do Rio de Janeiro, encarregada de conduzir o processo nos termos da lei.
Neste processo, credores deverão optar entre as formas de pagamento estabelecidas no plano, para quitar progressivamente as dívidas da Oi.
Em seguida, dará início o período de recuperação judicial em que o administrador judicial supervisionará o cumprimento dos termos acordados pela Oi.
“Embora a legislação estabeleça um prazo máximo de dois anos para o processo de recuperação judicial, na prática, essa duração pode ser estendida mediante autorização judicial”, explica Leandro Botelho, gestor CGA e sócio da Ipê Avaliações.
Otimismo moderado para a Oi (OIBR3)
Segundo Botelho, o mercado demonstra um otimismo moderado com a aprovação do plano da Oi.
“Esta aprovação representa um marco importante, encerrando a parte mais crucial das negociações com os credores e fornecendo clareza sobre o caminho a ser seguido pela empresa,” conta.
O analista ainda aponta que, junto à aprovação do plano de recuperação judicial e a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a migração da empresa para o regime de autorização, as incertezas foram “consideravelmente reduzidas”.
“Isso deve ter um impacto positivo sobre o valor das ações. Embora a diluição dos acionistas prevista no plano já tenha sido precificada pelo mercado, é esperado um movimento especulativo com alta volatilidade no curto prazo“, analisa.
Além disso, no médio e longo prazo, o desempenho das ações da Oi dependerá do sucesso ou fracasso do plano de recuperação.
Nesta sexta-feira (19), os papeis OIBR3 encerraram as negociações a R$ 0,70, com alta de 9,37% na semana (+R$ 0,06). No ano, a Oi acumula alta de 11,11%.