Fim da recuperação judicial da Oi (OIBR3)? Novo plano deve ser concluído até fevereiro, diz jornal

A mais recente versão do plano de recuperação judicial da Oi (OIBR3) será finalizada até o começo do próximo mês, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Com fontes familiarizadas com o processo, que teve múltiplos atrasos, o novo plano tem algumas alterações nos termos, mas manteve a necessidade de injeção de capital novo e conversão de parte da dívida em ações e venda de ativos.

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A discordância da Oi (OIBR3) e seus credores sobre os aportes e condicionantes do acordo, assim como a complexa negociação para o plano de RJ são os principais fatores que levaram ao prolongamento da discussão por meses.

O segundo pedido de recuperação judicial da Oi aconteceu em março de 2023, sobre uma dívida de R$ 44,3 bilhões. Já a primeira RJ da Oi começou em 2016, mas a crise se estendia desde 2000. Na ocasião, a dívida foi de R$ 65 bilhões, apenas perdendo para a Odebrecht (de R$ 80 bilhões em passivo) e a RJ se prolongou até dezembro de 2022.

Para a segunda RJ, a versão iniciado do plano foi apresentada em maio e espera-se que até julho seja assinado um Acordo de Apoio à Reestruturação (RSA, na sigla em inglês) com os credores.

A falta do RSA, que visa obter o apoio necessário dos credores para a consolidação do plano definitivo e a aprovação na assembleia a ser realizada um mês depois, junto ao adiamento do plano indicam a dificuldade de entendimento entre as partes. Entretanto, de acordo com as fontes próximas às negociações que falaram ao Estadão/Broadcast, isso estaria prestes a ser resolvido.

Em resposta ao Estadão, a empresa telefônica comunicou que em breve deverá apresentar uma proposta e que novidades sobre as negociações que já estão em andamento com os credores será comunicada ao mercado.

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Plano de recuperação judicial da Oi

Sobre o primeiro aspecto, a injeção de capital na OIBR3 prevista era de US$ 750 milhões e um financiamento emergencial (debtor in possession, ou DIP) de US$ 275 milhões. Esse valor já chegou em US$ 400 milhões e foi repassado para a operadora. Além disso, parte da dívida financeira também seria convertida em capital social, fazendo dos credores os novos donos da companhia, podendo deter até 80% da tele.

Atualmente, os maiores credores da Oi são:

  • Bank of New York Mellon: R$ 9 bilhões;
  • GDC Partners: R$ 8 bilhões;
  • Wilmington Trust (agência de exportação de crédito): R$ 5 bilhões.

Além dos nacionais: Itaú BBA (R$ 2 bilhões), Banco do Nordeste (R$ 156 milhões), Banco da Amazônia (R$ 100 milhões), Bradesco (R$ 34 milhões) e Santander (R$ 2,2 milhões).

Outra parte do plano de RJ envolve a venda de ativos. Neste caso, a Oi Fibra, para 4 milhões de clientes da banda larga está em curos pelos bancos Citi e BTG Pactual (BPAC11).

Por fim, a mudança de cargos do topo da pirâmide da empresa também foi precisa. Em janeiro, a saída do presidente executivo Rodrigo Abreu para o conselho de administração e negociações com credores abriu espaço para a entrada de um novo empresário.

O mandato de Abreu seria encerrado ao final deste mês de janeiro e as mudanças no quadro de acionistas e possíveis trocas no conselho e diretoria não apressarem a renovação do contrato do ex-CEO.

Agora, a presidência foi assumida em caráter provisório por Mateus Affonso Bandeira, que era membro do Conselho de Administração da tele, além de também ter ocupar o cargo na Vibra Energia (VBBR3), Intelbrás (INTB3) e Marcopolo (POLO4), e passagem como CEO da Falconi Consultoria e do Banrisul (BRSR6).

Confira o desempenho das ações OIBR3

Cotação oibr3

Gráfico gerado em: 31/01/2024
1 Dia

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Camila Paim

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