A oferta vinculante encaminhada pelo Fundo de Investimento em Participações Economia Real (FIP), gerido pelo BTG Pactual (BPAC11), para a unidade de fibra ótica da Oi (OIBR3), a Infraco, inclui o desenho do que seria o novo conselho de administração da companhia, caso ganhasse o leilão. A oferta, apresentada em 22 de janeiro, tem validade até 4 de fevereiro.
Segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”, o conselho apresentado na proposta terá nove membros, destes, quatro seriam indicados pela Oi e cinco pelo FIP Economia Real. O dirigente do fundo, Renato Mazzola, seria o presidente do conselho, mas o presidente da empesa seria Amos Genish, que já presidiu a Telefônica Brasil (VIVT3) e a Telecom Itália (dona da Tim).
Além disso, fontes disseram ao jornal que os nomes para a composição do conselho já estão sendo estudados. O presidente executivo seria um profissional de mercado, com experiência em telecomunicações. Já o diretor financeiro será um executivo que já atua em empresa sob gestão de fundos do BTG.
A avaliação feita pela Oi para a InfraCo é de, no mínimo, R$ 20 bilhões, sendo R$ 17,6 bilhões de capital e R$ 2,4 bilhões em dívida líquida. A empresa vai vender 51% da empresa, pelo valor mínimo de R$ 6,5 bilhões.
Highline e FIP Economia Real vão disputar a unidade de fibra da Oi
A unidade de fibra ótica da Oi será disputada em leilão pela Highline, do Digital Colony, e pelo private equity do BTG. Ao contrário do que foi comentado antes, o fundo canadense Canada Pension Plan (CPPIB) teria ficado de fora.
Segundo o site “Exame”, a proposta do BTG inclui vários parceiros, que ficariam abaixo da gestão do FIP Economia Real, que é dirigido por Renato Mazzola. Toda a documentação já foi entregue na sede da operadora.
A Highline também colocou sua proposta pela Infraco da Oi, mas sem planejamento detalhado do negócio. De acordo com o jornal Valor, para ser competitiva na oferta, a Digital Colony buscou parceiros.