Oi (OIBR3): Justiça concede mais 90 dias de ‘blindagem’ em recuperação judicial
A Oi (OIBR3), em recuperação judicial, informou em comunicado nesta segunda-feira (11) que a Justiça da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro deferiu a prorrogação do “stay period” pelo prazo de 90 dias.
O stay period da Oi consiste na suspensão de ações e execuções existentes contra o devedor.
A decisão é semelhante a que já havia sido concedida no último dia 13 de setembro pela juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca. Na época, a determinação havia atendido em parte o requerimento da companhia de telecomunicações, que havia solicitado a prorrogação do stay period por 180 dias, dada a complexidade de sua recuperação judicial.
O Grupo Oi alega que a realização de eventual assembleia geral de credores exige grande planejamento de infraestrutura e logística por parte das recuperandas.
No pedido para prorrogação do stay period daquela ocasião, o Grupo Oi informou, também, que tem se empenhado em cumprir as determinações legais, como a apresentação da relação de credores e a publicação do edital, dando início ao prazo de habilitações e divergências administrativas direcionadas aos administradores judiciais.
A relação de credores das empresas do Grupo Oi havia alcançado, até então, mais de 159,2 mil credores.
Oi (OIBR3) reduz prejuízo no 3T23 em 12,7%, para R$ 2,830 bi
A Oi apresentou prejuízo líquido de R$ 2,830 bilhões no terceiro trimestre de 2023. A perda foi 12,7% menor que no mesmo intervalo de 2022, conforme balanço publicado no início de novembro deste ano.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina da companhia ficou negativo em R$ 330 milhões, enquanto um ano antes foi positivo em R$ 167 milhões.
A receita líquida consolidada da Oi somou R$ 2,422 bilhões, redução de 12,6% na mesma base de comparação anual.
A companhia afirmou que a piora no campo operacional se deve à aceleração da queda na receita de serviços legados – que abrangem telefonia fixa e TV paga. Outro ponto foi o aumento nos custos de aluguel de rede para suportar o crescimento da operação de fibra da Oi.
O destaque positivo foi a Oi Fibra – braço de serviços de banda larga. A receita deste segmento aumentou 6%, para R$ 1,116 bilhão.
No entanto, todas as demais operações da Oi perderam faturamento. A Oi Soluções – braço de conectividade e tecnologia para empresas – teve queda de 7% na receita, para R$ 693 milhões.
A receita das subsidiárias da Oi – empresas call center e operações de campo – teve retração de 40,4%, indo a R$ 115 milhões. E a receita das chamadas operações legadas – que incluem telefonia fixa – caíram 52,4%, para R$ 216 milhões.
Outro fator que pesou no balanço da companhia foi o resultado financeiro da Oi (saldo entre receitas e despesas financeiras), que gerou uma despesa de R$ 2,480 bilhões. Este montante foi 23,4% maior na comparação anual. Isso ocorreu em função do aumento da dívida, maior exposição ao dólar e à variação cambial no período.
Os custos e despesas de rotina subiram 5,7%, para R$ 2,752 bilhões.
O fluxo de caixa foi negativo em R$ 532 milhões, impactada principalmente pelo crescente consumo dos serviços legados. Os investimentos somaram R$ 201 milhões, queda de 68% na comparação anual.
A Oi chegou ao fim do terceiro trimestre de 2023 com dívida líquida de R$ 22,7 bilhões, volume 23,9% maior na comparação anual. O dinheiro em caixa no fim de setembro era de R$ 2,493 bilhões.
Desempenho das ações da Oi
Cotação OIBR3
*Com informações de Estadão Conteúdo
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