Ao menos três grupos estão interessados no negócio de banda larga por fibra óptica da Oi (OIBR3), diz jornal
De acordo com o jornal O Globo, a disputa pelo negócio de banda larga por fibra óptica da Oi (OIBR3), que conta com 4,3 milhões de clientes, está se acirrando, e ao menos três grupos têm interesse no ativo.
O negócio de banda larga da Oi será leiloado no mês que vem, e de acordo com a publicação, os interessados no ativo são: a operadora Vivo (VIVT3); a Ligga Telecom, do empresário Nelson Tanure; e a eB Capital, gestora que tem o ex-presidente da Petrobras (PETR4), Pedro Parente, como sócio e é dona da Alloha, empresa especializada em fibra óptica.
De acordo com o plano de recuperação judicial da Oi, o valor mínimo para a ClienteCO, empresa que reúne o negócio de fibra óptica, é de R$ 7,3 bilhões à vista.
No entanto, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal, as interessadas pelo ativo não estariam dispostas a desembolsar esse valor.
Caso ninguém aceite desembolsar a cifra, a Oi permite que seja feita uma venda fatiada por regiões ou que seja realizado uma nova rodada de leilão sob novas premissas, que seriam negociadas junto ao administrador judicial da operadora.
Segundo uma fonte do O Globo, contudo, os credores da Oi têm a prerrogativa de aceitar ofertas menores, e alguns já teriam sinalizado que topam vender o negócio mesmo que o valor mínimo não seja atingido.
Até o momento, a favorita para levar o negócio de fibra óptica da Oi era a V.Tal, rede controlada por fundos do BTG Pactual, que havia fechado acordo se comprometendo a comprar o ativo caso não houvesse interessados.
Na semana passada, o plano de recuperação judicial da Oi e suas subsidiárias foi aprovado na Corte de Falência dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.
Com a aprovação, portanto, a corte norte-americana confere plena eficácia ao RJ da Oi nos Estados Unidos.
O plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado pelos credores em abril e homologado no Brasil em maio deste ano. Agora, pode ser totalmente implementado.
Esse movimento também dispensa a oferta e venda de valores mobiliários relacionados ao plano dos requisitos de registro nos Estados Unidos, facilitando a execução das estratégias de recuperação financeira da Oi.