O diretor-presidente da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, afirmou que haverá forte geração de caixa de sua unidade de fibra ótica no futuro, a previsão é de que essa situação aconteça a partir de 2024.
Questionado durante a teleconferência de resultado sobre em qual momento a InfraCo geraria caixa, Abreu disse que hoje a unidade está no processo de estruturação e de encontrar um novo controlador. O presidente reconheceu os gastos do caixa da companhia para com a InfraCo e disse que situação se estabilizaria em 2024.
“A InfraCo vai ter uma geração forte de caixa no futuro, mas nós sabemos que ainda estamos em ano de construção. Em 2024 a situação da InfraCo vai se estabilizar com relação a geração de caixa. Nós sabemos que ainda há o consumo de caixa e parte desse consumo tem que ser financiada pela Oi”, disse Abreu.
No momento, a Oi está negociando acordo de exclusividade com o Fundo de Investimento em Participações Economia Real (FIP), gerido pelo BTG Pactual (BPAC11) para o controle de 51% da InfraCo, mas há ainda outras propostas de outras empresas. Na análise do presidente, o novo sócio irá auxiliar a operadora nesse processo financeiro da unidade de fibra ótica.
“Ainda estamos nesse processo de buscar novo controlador e isso vai ajudar a fazer a separação das necessidades financeiras da InfraCo. Mas, enquanto essa transação não é fechada, esse é um equilíbrio que precisamos financiar como parte da nossa estrutura de financiamento total para Oi”, concluiu Abreu.
Oi reverte prejuízo e lucra R$ 1,7 bilhão no 4T20
A Oi teve um lucro líquido de R$ 1,79 bilhão no quarto trimestre do ano passado, resultado que reverte o prejuízo de R$ 2,28 bilhões reportado no mesmo período de 2019. Segundo o balanço, o lucro atribuído aos acionistas controladores no período foi de R$ 1,797 bilhão.
De acordo com a operadora, o resultado no trimestre foi impactado por um crédito de Imposto de Renda e Contribuição Social (CSLL) diferidos no valor de R$ 3,468 bilhões, impactando positivamente o lucro do período.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Oi atingiu R$ 1,66 bilhão no quarto trimestre, alta de 28,4% sobre o R$ 1,298 bilhão vistos um ano antes. A margem Ebitda ficou em 34,9%, incremento de 8,5 pontos porcentuais na comparação anual.