A Oi (OIBR3) anunciou hoje que a sua unidade de fibra ótica deixa de ser denominada InfraCo e agora se chama V.tal. A empresa se define como viabilizadora de uma rede de alta velocidade para operadoras e provedores de internet, permitindo a otimização dos investimentos e a expansão dos negócios com rápida entrada no mercado.
De acordo com a Oi, a V.tal já nasce provendo infraestrutura para as principais operadoras de telecomunicações do Brasil, conglomerados internacionais e mais de 260 provedores regionais de todo País.
A V.tal tem investimentos previstos de mais de R$ 30 bilhões até 2025, que serão garantidos por uma nova estrutura de controle.
Com a maior infraestrutura de fibra ótica do país, cerca de 400 mil km, será a primeira empresa de rede efetivamente neutra com conectividade fim a fim e se diferenciará por ter uma rede capilar, robusta e com atuação nacional.
Antiga Infraco foi alvo de leilão
A V.tal será futuramente controlada por fundos de investimento do Banco BTG Pactual (BPAC11), após a conclusão do processo de transferência de participação de controle, atualmente com a Oi, que envolve as devidas aprovações do Cade e Anatel.
Esse processo foi iniciado a partir da homologação do BTG Pactual como vencedor do processo competitivo conduzido pela Oi para a venda do controle de sua operação de infraestrutura de fibra.
Após o fechamento da operação de venda de controle, os fundos de investimento do BTG assumirão a responsabilidade pela gestão da companhia, e a Oi permanecerá como acionista minoritária e importante cliente da empresa. A previsão é de que a operação esteja concluída até o fim de 2021.
Para Rodrigo Abreu, CEO da Oi, o processo de mudança de controle da companhia possibilitará a expansão acelerada da fibra ótica no Brasil. “A criação da V.tal como operação neutra materializa a visão de separação estrutural proposta em nosso plano de transformação e permite o início de um novo ciclo de crescimento da infraestrutura de telecomunicações no país”, acrescentou.
Oi considera IPO da V.tal
Questionado se haveria a possibilidade da V.tal abrir capital na Bolsa de Valores (IPO, em inglês), o CEO disse que sim mas que isso dependeria mais do acionista maioritário, que serão os fundos geridos pelo BTG.
“O IPO da V.tal depende do futuro controlador, a Oi continua como acionista, mas uma acionista minoritária, a partir do futuro controlador eu acredito que teremos essa conversa”, disse Abreu.
Na análise de do CEO, há uma grande oportunidade de expansão para a unidade de fibra ótica da Oi no Brasil e p0r esse motivo o IPO será viável para a companhia.
“Sobre o sucesso dos IPOs dos provedores regionais, o Brasil tem aproximadamente 90 milhões entre domicílios e pequenos negócios, desses, aproximadamente entre 15 a 18% são conectados por fibra, isso mostra que tem uma oportunidade grande no país e creio que os provedores regionais estão captando parte dessa oportunidade, então os IPOs mostram isso de forma muito bem sucedida.”
“A V.tal entra nesse ecossistema para viabilizar a expansão dessa infraestrutura de fibra com ultra-banda-larga mas também com a entrada do 5G para todo país, haja visto essa oportunidade. Tem espaço para operação regional, tem espaço para operação nacional e a V.tal entra no ecossistema para complementar e viabilizar essa expansão mais acelerada seja para operadoras ou para provedores regionais”, finalizou o CEO da Oi.