Oi (OIBR3): geração de caixa operacional é negativa em R$ 101 milhões em setembro
A Oi (OIBR3) registrou, em setembro, uma geração de caixa operacional líquida negativa em R$ 101 milhões nas sete empresas que compõem o grupo (recuperandas). A informação foi revelada nesta terça-feira (17) em documento não auditado apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em setembro deste ano, segundo o comunicado, a Oi registrou a saída de caixa de R$ 201 milhões na rubrica Operações Intra – Grupo. O saldo final do caixa financeiro das recuperadas teve uma redução de R$ 284 milhões, para R$ 5,10 bilhões.
A rubrica de recebimentos teve redução de R$ 39 milhões em setembro deste ano, somando R$ 2,12 bilhões. A rubrica de pagamentos, por sua vez, apresentou uma redução de R$ 200 milhões no mês, caindo para o patamar de R$ 1,62 bilhão.
Segundo o relatório, que é de obrigatoriedade de companhias em recuperação judicial, os investimentos em setembro atingiram o patamar de R$ 592 milhões. Somente a Oi Móvel contribuiu com R$ 332 milhões do total, enquanto a Oi S.A. representou R$ 74 milhões. A Telemar teve um investimento de R$ 186 milhões.
Oi tem prejuízo de R$ 2,638 bilhões no terceiro trimestre
A Oi informou, na última sexta-feira (13), que teve um prejuízo de R$ 2,638 bilhões no terceiro trimestre de 2020, diminuindo em 54% as perdas de R$ 5,74 bilhões registradas um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de Rotina foi de R$ 1,46 bilhão, alta anual de 6,4%. Já a margem Ebitda passou de 27,5% para 31,1%.
A dívida líquida da tele chegou a R$ 21,243 bilhões ao final do terceiro trimestre, aumento de 44% em comparação com a dívida líquida de R$ 14,713 bilhões apurada um ano antes.
Segundo a Oi, a exposição da dívida à moeda estrangeira é de 65% da dívida total. Com isso, a desvalorização do real frente ao dólar explica parte do aumento. O desembolso da debênture da Oi Móvel, em janeiro de 2020, que somou R$ 3,758 bilhões, também explica o resultado.