Os resultados o primeiro trimestre da Oi (OIBR3) foram positivos, impulsionados principalmente pela expansão da fibra e redução eficaz de custos, segundo a Genial Investimentos. A recomendação da casa, que antes era de manter, passa a ser de comprar. O preço alvo da ação tem potencial de upside +103,7%, chegando a R$1,10.
A alteração do rating foi baseada na forte desvalorização da ação ao longo do ano, ao mesmo tempo em que os grandes riscos regulatórios foram superados. Além disso, a questão da dívida passou a ser endereçada.
“Um dos principais entraves para a entrada dos investidores é a questão da Recuperação Judicial da Oi e a saída do processo se mostra cada vez mais próxima, minimizando significativamente os riscos de falência”, afirmou a Genial no relatório.
O preço-alvo foi revisitado pela Genial, que levou em consideração a queda na participação na V.tal, antes de 42,1% para 34,7%. Assim, o valuation da companhia foi revisto e a recomendação passou a ser de comprar e o preço alvo da ação da Oi, antes R$1,00, passa a ser R$1,10.
Sobre o resultado da Oi, os analistas destacaram que o lucro da companhia foi revisitado por conta da valorização do real frente ao dólar no primeiro trimestre (15,10%), sendo assim houve uma reversão de despesas financeiras e o resultado financeiro líquido foi positivo. A Oi registrou R$ 1,78 bilhão no primeiro trimestre de 2022, contra R$ 1,67 bilhão de prejuízo, registrado no quarto trimestre de 2021.
Os custos ficaram em R$ 3,2 bilhões, na comparação anual foi 4,6% menores. O resultado é positivo e reflete os esforços da empresa em simplificar processos, aumentar eficiência e gerar transformação digital. Os maiores cortes foram em pessoal e serviços de terceiros.
Amortização da dívida da Oi
Após a aprovação da Anatel em janeiro e do Cade em fevereiro, a Oi Móvel foi vendida em 20 de abril de 2022 para as compradoras TIM, Vivo e Claro pelo valor final de R$15,9 bilhões. A venda iniciou o principal pilar da recuperação judicial, já que com o valor a empresa quitou a dívida de R$ 4,64 bilhões com o BNDES.
Além disso, a companhia pagou antecipadamente a segunda emissão de debentures da Oi Móvel, no valor de R$ 2,36 bilhões. O valor da venda ainda garantiu o encerramento da oferta pública mandatória para o Bond sênior 2026.
A negociação com a Anatel foi alinhada em R$20,2 bilhões, mas com desconto de 54,99%, sendo a Oi responsável por quitar o valor de R$7,3 bilhões em 126 parcelas não lineares.